Tuchel abre o jogo sobre balneário do PSG: «Quando a estrela não dá retorno...»
Thomas Tuchel e Mbappé em dezembro de 2020 (Imago)
Foto: IMAGO

Tuchel abre o jogo sobre balneário do PSG: «Quando a estrela não dá retorno...»

INTERNACIONAL01.12.202313:30

Treinador alemão diz que se ri ao comparar comportamentos em França e na Alemanha

Thomas Tuchel falou sobre a experiência de treinar o Paris Saint-Germain e a gestão de estrelas que é preciso fazer, estabelecendo paralelismos com a gestão do balneário do Bayern Munique, onde está agora. 

O alemão esteve em Paris entre julho de 2018 e dezembro de 2020.

«Eu tinha uma mentalidade muito alemã e temos certas regras, uma ideia de um certo comportamento que deve estar sempre presente. Em Paris as regras são diferentes. Mas há várias maneiras de construir uma equipa. Aqui no Bayern, quando percebo que um determinado comportamento deste ou daquele jogador é inaceitável, acabo por me rir e penso para mim mesmo: nem sabem o que passávamos em Paris! Fico mais calmo», disse numa conferência em Munique, em declarações recolhidas pelo jornal Bild. 

«Entendo melhor por que os jogadores se comportam de determinada maneira, dou-lhes mais espaço do que teria dado antes se tivesse passado toda a minha carreira apenas na Alemanha», acrescentou, falando especificamente sobre como lidar com alguém com a influência de Mbappé, por exemplo.

«Eles são muito exigentes e cheios de talento. Têm um ego grande, que os impulsiona a seguir em frente. É preciso ter boa relação com eles, se não não conseguimos passar as nossas ideias. Há grandes nomes, mas depois há as estrelas discretas como Gundogan, Mkhitaryan no Dortmund, Marquinhos e Thiago Silva no PSG. Ou Kanté, Mount, Kovacic, Havertz no Chelsea. Aprendi muito com esses jogadores, mesmo como treinador», sublinhou.

E acrescentou, sem citar nomes: «O grupo está sempre pronto para apoiar um craque que marca sempre. Nisso não há problemas. O problema é quando a estrela não dá nada de retorno ao grupo, ou não mostra qualquer respeito. É o que tentamos construir todos os dias. Mas há alguns jogadores que também precisam dos holofotes, não devemos rebaixá-los.»