Farense-V. Guimarães, 2-2 Tozé Marreco: «Davam-nos como absolutamente mortos à sexta jornada»
Treinador do Farense na sala de imprensa do São Luís, depois do empate (2-2) da sua equipa com o Vitória de Guimarães
Na sala de imprensa do São Luís, após o empate (2-2) do Farense com o Vitória de Guimarães, Tozé Marreco admitiu a superioridade dos minhotos e elogia a «alma e crença» dos seus jogadores, que acreditaram ser possível chegar ao empate nos descontos, depois de terem sofrido um golo aos 90 minutos.
«A primeira parte foi boa. Um jogo equilibrado, disputado, fomos perigosos em alguns momentos, sem ser naqueles que tínhamos planeado. Conseguimos sair com algum perigo. Mais bola do Vitória, mas só me lembro de uma situação perigosa a acabar a primeira parte. O jogo dividido e nós bem no jogo. Depois, na segunda parte, o Vitória foi melhor. Não conseguimos condicionar da forma que queríamos, chegávamos um pouco atrasados nos momentos em que tínhamos de pressionar. Tinha alertado que era importante nos últimos minutos da primeira parte e nos primeiros minutos da segunda parte – onde o Vitória faz mais golos –, sermos bastante assertivos no incentivo para não deixar adormecer e tivemos dificuldades em entrar no jogo na segunda parte», começou por afirmar Tozé Marreco.
«Quando não dá de uma forma, chegamos de outra. É um ponto resgatado no último suspiro e isso só acontece porque há uma alma, uma crença muito grande de acreditar até ao fim, sofrer ao minuto 90, ir atrás e ter esse mérito de nunca deixar de acreditar. Continua a ser muito difícil bater-nos. Em situação normal, como sabemos, teríamos perdido só com o SC Braga e Benfica, o jogo com o Gil Vicente não foi responsabilidade nossa não termos mais ponto», disse ainda.
Não foi a primeira vez que o Farense resgata pontos nos descontos, com o Estoril venceu dessa forma. «É o que temos de ser. O São Luís e o Farense têm essa alma e eu identifico-me com isso perfeitamente. O jogo acaba quando o árbitro dá os três apitos, de resto há sempre jogo. Já perdemos pontos nos descontos também e eu acredito muito nos momentos finais, quando não dá tanto na organização e no que tínhamos planeado, temos de ir com outras armas. Esta equipa não se vai salvar só pela qualidade, vai salvar-se muito por causa desta agressividade, desta crença e desta atitude. Davam-nos como absolutamente mortos à sexta jornada e isso é que é de realçar», apontou.