Szabo, sorte e títulos: saiba tudo o que disse Rúben Amorim
Rúben Amorim fez a antevisão ao jogo com o Yopung Boys, em Alvalade (António Pedro Santos/LUSA)

Szabo, sorte e títulos: saiba tudo o que disse Rúben Amorim

NACIONAL21.02.202413:53

Treinador do Sporting espera dificuldades na receção ao Young Boys, apesar da vantagem da sua equipa alcançada na Suíça (3-1)

- Joseph Szabo é o treinador com mais jogos no comando técnico do Sporting, com 270. O Rúben Amorim é o segundo, com 194. Espera bater esse recorde? Que antevisão faz ao jogo com o Young Boys?

- Espero vencer amanhã. Temos de vencer títulos para ser um treinador desse nível. Esse é o objetivo. Neste momento, vamos, equipa técnica, estar no segundo lugar, depois logo se vê o próximo passo. Em relação ao jogo, o adversário é bastante organizado, a verdade é que temos de aproveitar aquilo que o adversário nos dá. Se olharmos para o jogo que fizeram no passado, se pressionaram o City, vão pressionar o Sporting. Querem marcar golos, tal como nós. Temos de marcar golos, marcar um ajuda o desenrolar do jogo. Penso que eles vão mudar algumas peças, o Elia poderá jogar de início, o Joel Monteiro se calhar também, isso muda a forma de atacar do adversário. Nós teremos de fazer alguma rotação. É um jogo muito perigoso. Não há vantagem dos golos fora. Está em aberto mas não como esconder que estamos em vantagem. Não há que esconder, o objetivo é passar na eliminatória. Já demos um passo importante na primeira mão.

- O Sporting chegou aos 60 golos, só num jogo é que não marcou, mas defensivamente tem evoluído bastante, alcançou o equilíbrio neste setor?

 - Os números dizem isso. Temos de olhar para as estatísticas, mas também para o jogo em si. Desde o início da época, mesmo sofrendo golos, os adversários não tinham assim tantas oportunidades. Esses algoritmos aumentam porque as oportunidades são muito claras. É redutor olhar só para as estatísticas. O que vejo é que as equipas rematam menos, têm menos oportunidades, e isso já vem do início da época. Nas bolas paradas melhorámos defensivamente. Estamos sempre mais perto de vencer porque marcamos algum. Estamos num bom momento da época, mas um jogo muda tudo. A nossa confiança pode ser abalada, como aconteceu com a Taça da Liga.

- Qual a situação clínica de Paulinho? Condiciona um pouco a gestão que podia fazer no ataque, como por exemplo fazer descansar Gyokeres?

- O Paulinho não está apto, não sei ao certo quando estará. Não está para esta eliminatória nem estará para o Rio Ave. Depois depende do desenrolar da recuperação, ainda não estamos nesse ponto. O Viktor [Gyokeres] está pronto. Ele jogava no Championship encontros sucessivos. Não temos muitas soluções para a frente, temos mais na defesa, o que nos limita um bocadinho. Ele não gosta de sair [risos], mas se tiver que sair vai sair.

- O mês de fevereiro é o mais intenso desde o início da época, com oito jogos, é decisivo?

- Para a Liga Europa é sempre decisivo. O jogo de amanhã é decisivo. Podemos passar ou não passar. Em relação ao campeonato é importante, mas não decisivo. Mas não há como esconder, é um momento importante da época. Geralmente os campeões em Portugal não têm perdido muitos pontos. Também pelos jogos difíceis que há.

- Fresneda tem lugar na equipa?

- Como todos os jogadores, o espaço depende deles. O Fresneda não joga só na esquerda, também na direita. O Catamo igual. O Esgaio joga mais na direita, mas pode haver lesões. Esse é o espaço que eles conquistam.

- Os adeptos pedem à equipa a final em Dublin.

- É preciso ter noção que na Liga Europa ainda estão equipas de grande qualidade. Depois entra-se numa altura onde clubes como o Liverpool conseguem rodar mais e manter o nível, e nós ainda não estamos habituados. Não podemos perder pontos no campeonato e depois podemos apanhar um Liverpool ou um Bayer Leverkusen. Sei que o plantel está todo preparado, mas é preciso ter muita sorte. Para o campeonato já o é, mas para a Liga Europa também e num clube português... É preciso muita sorte. Eu tenho muita sorte [risos], mas é algo muito difícil. A nossa prioridade é o campeonato, mas não queremos deixar a Liga Europa. É um mundo de diferença. Quando isto equilibrar, não vamos dizer que não a nenhuma prova.

- Se não fosse treinador do Sporting teria receio de defrontar esta equipa?

-  Estamos num bom momento e eu se calhar seria a pessoa indicada para defrontar o Sporting, porque conheço bem os meus jogadores, saberia onde apertar [risos]. Acho que vivemos um bom momento defensivamente e ofensivamente, estamos com um bom equilíbrio, mas há muita coisa a melhorar. Acho que não fomos perfeitos na transição contra o Young Boys, mas eles também não foram. Se eles forem perfeitos, vão criar-nos problemas. Vai ser um jogo interessante amanhã.

- É possível que St. Juste jogue?

- Está convocado, vamos ver amanhã, depende do que o jogo pedir. Mas poderá entrar amanhã.