Sporting: saiba tudo o que Rúben Amorim disse da sala de Imprensa
Treinador justificou a substituição de Eduardo Quaresma sobre Neto e realçou a importância da equipa não ter sofrido golos
- O relvado no Municipal de Chaves acabou por ser um obstáculo que foi bem contornado pela sua equipa. Qual foi o segredo da vitória?
- Esta vitória efetivamente poderia ter sido mais complicada, mas a adaptação dos jogadores foi boa. Enquanto se conseguiu jogar bem, e nós conseguimos fazê-lo, conseguimos levar a bola até à frente, depois fomos adaptando, principalmente na segunda parte, com bolas longas de um lado e de outro, e conseguimos controlar. Criámos várias ocasiões, falhámos alguns golos no início do jogo e isso podia ter-nos complicado a vida, porque o resultado está sempre em aberto. Fomos para o intervalo a vencer justamente, as grandes oportunidades são nossas, estou muito satisfeito pela forma como jogaram, porque às vezes no conforto, em casa, com o relvado em bom estado, esta equipa joga muito bem, e temos de saber ganhar estes jogos, estou muito satisfeito com a equipa.
- O Sporting controlou defensivamente os perigos do Chaves e não sofreu golos.
- Foi muito bom, acho que no fim não evitámos tanto as bolas longas, o Jô ajudou nisso, em pequenas faltas que ajudou a levar o Chaves para a frente. Tirando isso, bloqueámos bem o jogo. Sabíamos que as bolas longas iriam para o Héctor, depois com o Sanca numa segunda bola. No início tivemos uma pequena ou outra dificuldade, mas depois adaptámos bem. Se olharmos para o jogo todo não deixámos quase o Chaves criar situações, porque andámos muito longe dessas zonas de cruzamento. Empurrámos sempre muito a equipa, pressionámos muito. Sabíamos que eles são perigosos nesse momento. Estou muito satisfeito com a entrega deles e com a esperteza deles a jogar, de bloquear os corredores e não deixá-los cruzar muitas vezes. Seguiram o plano que tinham de seguir e estou muito satisfeito por não sofrer golos e principalmente porque não sofremos oportunidades. Fomos muito competentes. Foi um jogo completo de acordo com as condições que tínhamos, acho que controlámos bem.
- O Eduardo Quaresma foi substituído ao intervalo. Porquê?
- Foi opção e foi difícil de a tomar. Era difícil a bola correr no relvado, estávamos a perder lances de segunda bola na zona do Quaresma. Nos passes que ele deu para Esgaio e Trincão, até acho que foi o melhor central a colocar bolas. Estava muito bem, mas depois vem a estratégia para o jogo. Queríamos meter o Seba [Coates] e queríamos meter os melhores de cabeça. O Inácio é muito bom de cabeça, o Seba é muito bom de cabeça. Estávamos em vantagem, podíamos sofrer bolas paradas e é uma diferença grande. Tendo Reis e Quaresma temos de andar muito longe da baliza. Sabíamos que ia entrar o Jô, iam entrar mais avançados, iam lançar bolas. Daí o Neto também entrar porque é mais forte nas bolas longas. Estava a fazer um excelente jogo, igualzinho ao FC Porto, igualzinho ao último jogo com o Estoril, esteve muito bem, foi sacrificado para salvaguardar a equipa, mas estará pronto para o próximo jogo.
- A acabar a primeira parte surgiu um golo de canto. Se os dados não falham o Sporting é a equipa do campeonato com mais golos de canto. Qual a importância deste tipo de lances?
- Já temos cerca de trinta por cento dos golos. Já tem importância, neste tipo de jogos quem fica em vantagem no marcador fica mais confortável no jogo. O trabalho que temos vindo a fazer ao longo destes anos, o que andamos é a sofrer mais golos de bola, mas a marcar conseguimos desbloquear o jogo, já não é a primeira vez. Em relação ao Pote, tem características diferentes do Dani e, portanto, se temos que usar essas características, a capacidade física dele conseguir ir à frente e atrás é bastante potente. Depois porque joga como ala e ali praticamente é um médio centro também para criar alguma dificuldade, principalmente com blocos baixos e, portanto, não tem nada demais. É simplesmente olhar para o jogador que temos as características que queremos e lançá-lo para criar essa superioridade que para tornar difícil a marcação. Apostámos na entrada do Seba para o lugar do Quaresma porque senão tínhamos que pressionar mais. Temos que andar atrás da bola e não nos podíamos preocupar tanto com as as bolas longas, mas sim com a profundidade e nisso o Quaresma tem vantagem, portanto, a partir do momento em que marcámos, sentimos mais confiante de mudar a forma de jogar e de defender e a pensar nas características que achamos que vai ter o campo e, portanto, o impacto é muito grande, não só mental e físico como, principalmente, na estratégia.