Sporting: os leões que vão renovar em janeiro

Mesmo longe de Alvalade, um no Campeonato Africano das Nações e outro na Taça Asiática, Diomande e Morita vão definir os novos contratos no início de 2024; mais anos de ligação e melhorias salariais; focados no jogo com a Atalanta

Quando for janeiro nem Ousmane Diomande nem Hidemasa Morita estarão em Alvalade, porque o central costa-marfinense de 19 anos estará no Campeonato Africano das Nações e o médio japonês de 28 na Taça Asiática. Mas em janeiro ficarão definidas, entre a SAD leonina e os staffs dos dois jogadores, as renovações dos contratos. Ambos com melhoria salarial, ambos até mais duas temporadas.

Tal como ABOLA avançou, a administração do Sporting está no mercado por um defesa-central e por um médio. Janeiro deixará Rúben Amorim sem uma opção para cada uma dessas posições — também o extremo moçambicano de 22 anos Geny Catamo rumará ao CAN (joga-se de 13 de janeiro a 11 de fevereiro na Costa do Marfim; a Taça Asiática tem lugar no Catar de 12 de janeiro e 10 de fevereiro) mas não está previsto qualquer reforço para a posição na janela de transferências de inverno — e por isso a necessidade de equilibrar o plantel numa época em que há sonho de título. Mas o primeiro mês de 2024 vai também servir para agarrar para o futuro, por mais tempo, Diomande e Morita.

Diomande até 2029

O defesa tem contrato com os verdes e brancos até 2027. Contratado há pouco tempo ao Midtjylland, que o tinha emprestado a clube da Liga 2, o Mafra, Diomande está num dos patamares mais baixos dos vencimentos praticados em Alvalade: aufere cerca de 300 mil euros por ano numa altura em que o estatuto que tem no plantel já é superior. Por isso o aumento salarial para patamar mais condizente. No que respeita aos anos de ligação, o acréscimo tem sido apontado a mais um  ano, mas não será de estranhar que os leões acrescentem mais duas temporadas, até junho de 2029. A cláusula de rescisão já é de 80 milhões de euros, igual às de Pedro Gonçalves e de Morten Hjulmand, as segundas mais altas do plantel — só Viktor Gyokeres tem cláusula mais elevada, de 100 milhões de euros.

A dois jogos de ficar mais caro

O Sporting pagou ao Midtjylland 7,5 milhões de euros para contratar Ousmane Diomande, no passado mês de janeiro. Mas os contornos do negócio vão para lá desse valor, porque no fim das contas o central pode ficar 5 milhões de euros mais caro, ou seja, pode passar a custar um total de 12,5 milhões — o que seria bom sinal para os verdes e brancos, pois esse acréscimo corresponderá a objetivos por desempenho. 

A cada bateria de 30 jogos (pelo menos 45 minutos em campo) os leões pagam uma parcela desses 5 milhões, até aos 90 jogos. Nesta altura, Diomande conta com 28 jogos em que esteve em campo pelo menos 45’, ou seja, daqui a dois jogos os leões pagam mais 1,6 milhões de euros aos dinamarqueses — até pode acontecer já na próxima segunda-feira e só não podemos apontar o encontro com o Gil Vicente, da jornada 12 como, como o 30.º de Diomande com pelo menos 45’ de leão ao peito porque pequeno problema físico, que aconselhou a poupança na Taça de Portugal no domingo (8-0 ao Dumiense), pode voltar a aconselhar o treinador a poupar o central esta quinta-feira com a Atalanta.

1,6 — Os milhões de euros que o Sporting paga ao Midtjylland quando Diomande fizer o 30.º jogo pelo Sporting com pelo menos 45 minutos em campo. Já fez 28

De olho em Diomande continuam clubes de Inglaterra, como o Newcastle, e até já foram apontados City, Manchester United e Chelsea. Dado adquirido, porém, é que em janeiro o defesa-central não sai — a não ser que batam a cláusula de 80 milhões.

Morita até 2028

Aproveitando divergências na SAD do Santa Clara, o Sporting avançou para a contratação de Morita ainda durante o inverno de 2022. O negócio foi anunciado só a 1 de julho e por 3,45 milhões de euros. Hoje, segundo avaliação do site especializado Transfermarkt, Morita tem já valor de mercado de 12 milhões de euros, uma valorização de 200 por cento face aos €4 milhões que lhe eram atribuídos em maio de 2022 pelo mesmo site.

Em Alvalade reconhecem-lhe o valor, tanto que a renovação do contrato do internacional japonês vai ser uma realidade também em janeiro. Já há contactos exploratórios e além de uma melhoria salarial — Morita está num patamar intermédio na folha de vencimentos do plantel verde e branco, na ordem dos 400/500 mil euros líquidos anuais, e deverá passar para um patamar mais elevado, na ordem dos 700/800 mil euros por temporada — a duração do vínculo vai também ter um aumento, de um ou dois anos, para 2027 ou 2028. A cláusula de rescisão do camisola 5 dos verdes e brancos está fixada nos 45 milhões de euros, valor que em Alvalade servia de referência para os médios mas que tem sido gradualmente atualizada, pelo que Morita deverá ver essa cláusula subir também para os 60 milhões de euros.

28 — As internacionalizações pela principal seleção do Japão, com dois golos. O leão esteve no Mundial do Catar há um ano e prepara-se para estar na Taça Asiática

As renovações são assuntos que estão na agenda dos jogadores. Janeiro é a data marcada. Até lá, foco total na competição, a começar já na Liga Europa e no jogo com a Atalanta, esta quinta-feira às 17.45 horas.