Casa Pia-Chaves, 3-1 Soma multiplica presença casapiana na elite nacional (crónica)
Extremo japonês conduziu gansos a vitória de extrema importância; flavienses foram melhores, mas momento é de enorme fragilidade emocional
Nem sempre um resultado é o espelho fiel do que acontece em campo. Foi o que se passou em Rio Maior. O Chaves foi melhor… o Casa Pia ganhou.
A partida era de transcendente importância para os transmontanos. Mas tinha um cariz de enorme relevo também para os lisboetas. Afinal, o Chaves, ainda que continue mergulhado nos lugares de descida, tinha conquistado quatro pontos nos últimos dois jogos, pelo que a esperança da permanência aumentara. Mas os flavienses sabiam que estavam praticamente obrigados a voltar a vencer. E não vencendo, deixaram o seu destino praticamente sentenciado. Já o Casa Pia, ainda que sem a contabilidade fechada, entrava para esta ronda com mais algum conforto. E os gansos sabiam que, em caso de vitória, garantiriam automaticamente que já não terminariam o campeonato nos dois lugares de descida direta. Foi exatamente isso que aconteceu e, na pior das hipóteses, os casapianos só irão ao play-off.
Se João Correia, logo à passagem do quarto de hora, tivesse tido cabeça para abrir o ativo, talvez o jogo fosse outro. Isso não aconteceu e a equipa ficou… desconfiada. Mesmo que demonstrando enorme vontade em correr atrás do prejuízo. Ainda que nem sempre com a cabeça e muitas mais vezes com o coração. Pior ainda na perspetiva do Chaves: Duplexe Tchamba, mesmo a terminar a primeira parte, colocou o Casa Pia na frente.
A etapa complementar voltou a oferecer uns transmontanos… valentes, e Kelechi, com um tiro do meio da rua, empatou a contenda. Mas… pior ainda na perspetiva do Chaves: apenas dois minutos depois, Yuki Soma abriu caminho à (mais que previsível) multiplicação dos gansos na Liga.
O tento de André Lacximicant, no último suspiro, foi só mais um pretexto para a festa casapiana. E para a desilusão flaviense.