A BOLA NO EURO 2024 Selecionador checo assume: «Se não passarmos será um fracasso»

Ivan Hasek desvaloriza histórico com a Turquia em Europeus

Só uma vitória sobre a Turquia garante à Chéquia a passagem aos oitavos de final do Euro 2024, nem que seja na terceira posição do Grupo F, que já tem Portugal fechado no primeiro lugar.

Nas últimas edições esta seleção tem alternado entre a presença nos quartos de final (2012 e 2020) ou a eliminação na fase de grupos (2000, 2008 e 2016), mas o selecionador assumiu, na antevisão do encontro, que voltar já para casa será uma desilusão.

«Viemos para passar o grupo. Isso seria um sucesso. Não o dissemos em vão. Se não passarmos será um fracasso», referiu Ivan Hasek em conferência de imprensa.

«É o jogo mais importante desde que sou selecionador. Queremos passar à fase a eliminar, sabemos quantos adeptos teremos a apoiar-nos e queremos deixar toda a gente feliz», acrescentou o técnico.

O selecionador checo garante que há uma «energia positiva na equipa», e quer seguir em frente pelos jogadores menos utilizados. «Queremos ganhar por eles, acima de tudo, para que tenham mais oportunidades. Tenho enorme confiança na minha equipa», reforçou ainda, garantindo que vai estar focado em ganhar e não em fazer contas com os cenários dos outros jogos.

Questionado sobre o ambiente adverso que os adeptos turcos sabem criar, o selecionador checo lembrou que alguns dos seus jogadores já têm essa experiência, inclusivamente de jogar na Liga turca. «Sabemos o que esperar. Os meus jogadores gostam, como eu gostava também. A atmosfera tem sido boa em todos os jogos, e também teremos o apoio dos nossos adeptos, mesmo que estejam em minoria», referiu.

A Chéquia foi derrotada pela Turquia tanto no Europeu de 2008 como na edição de 2016, mas Hasek respondeu que «é só outro jogo, deste Europeu». «O nosso sonho é passar a fase de grupos. Não olho para o passado, quero ficar no torneio. Este grupo não quer ir para casa», reforçou.

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O selecionador checo deixou ainda elogios a Hakan Çalhanoglu, que classificou como «o motor, a máquina da Turquia». «Cria jogo, marca o ritmo. Ele é que decide se a equipa sai em contra-ataque ou se acalma o jogo. É um jogador de topo», sustentou, antes de falar também de Arda Guler: «É um dos jogadores mais talentosos, mesmo sendo um dos mais jovens aqui. Com a idade dele, chegar a um clube como o Real Madrid, é incrível. Não podemos dar-lhe espaço, ou ele é muito perigoso.»

Na conferência de imprensa esteve também o jogador Vaclav Cerny, que garantiu que «ambiente na seleção mostra que será um jogo muito importante». «Queremos mesmo ganhar, todos nós, unidos», referiu o jogador do Wolfsburgo, que lamentou a ausência do último Europeu e admitiu que jogar novamente em Hamburgo – onde a Chéquia empatou com a Geórgia – pode ser uma vantagem.

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