SC Braga e Benfica decidem Taça da Liga: vai ser um grande espetáculo

Futebol Feminino SC Braga e Benfica decidem Taça da Liga: vai ser um grande espetáculo

FUTEBOL FEMININO01.04.202312:55

Aveiro é hoje palco de mais uma grande jornada de futebol. Frente a frente SC Braga e Benfica, inegavelmente duas das maiores potências nacionais - e são os únicos clubes com a Taça da Liga nos respetivos museus -, numa reedição da final da passada campanha, ganha pelas guerreiras por 3-2 no desempate por pontapés de penálti. Um grande espetáculo está, portanto, garantido.


Se é verdade que as encarnadas têm passeado classe, não menos o é que as minhotas, também elas com um plantel recheado de craques, são oponente que impõe respeito. Gonçalo Nunes, o treinador,  não é parco na ambição.
«Queremos manter a Taça da Liga no nosso museu», atirou o técnico de 47 anos, que no último defeso abraçou o projeto que lhe foi apresentado por António Salvador. O favoritismo, porém, faz questão de o repartir pelos contendores.


«Estamos numa final, nem o SC Braga se sente mais forte porque vem de uma vitória [ganhou em A-dos-Cunhados ao Torreense por 6-3], nem o Benfica é diferente ou menos forte porque vem de uma derrota [perdeu com o Sporting, em casa, por 0-1]», notou, mas já com a estratégia bem delineada para procurar fazer a diferença: «Vamos ser uma equipa agressiva e proativa! O Benfica é uma equipa forte nos diferentes momentos do jogo, mas nós também estamos muito bem, pelo que o pormenor fará a diferença. Penso que vai ser um jogo extremamente competitivo, decidido nos detalhes e na forma e na confiança com que cada a equipa vai apresentar-se.»


De uma coisa tem Gonçalo Nunes a certeza: um vencedor já está encontrado.
«Toda a gente envolvida no futebol feminino, começando pelas jogadoras, merece este tipo de palco e espetáculo. Por isso, espero que os adeptos, principalmente os do SC Braga, correspondam em massa. Queremos sentir esse calor e apoio.»
Ao seu lado direito, Filipa Patão, com um discurso desempoeirado, relativizou a derrota no dérbi que atrasou as contas do título, explicando-a com simplicidade e desvendando, sem pudores, uma das bases do sucesso das águias.
«Os segredos começam a ser poucos. Quando nos aproximamos do final da época, as equipas já se conhecem bem e acabam por ter exemplos de outras estratégias.  


«Não há equipas que ganhem sempre, se me conseguirem dizer uma… Sabemos que temos debilidades, mas também que temos as nossas forças. Conseguimos ser camaleónicas e esconder as debilidades em determinados momentos. O futebol não é chapa cinco e elas sabem disso. Conseguimos trabalhar tudo o que tínhamos para trabalhar, recuperámos e estamos prontas. Vamos procurar que as debilidades não sejam tão visíveis e vamos fazer disso as nossas forças. Tenho a certeza que, seja num rasgo individual ou num lance de brilhantismo coletivo, elas estarão muito inspiradas», afirmou com confiança a treinadora das águias, também ela com uma certeza: «É futebol e vai ser um grande espetáculo!»
 

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