Rui Duarte: «O presidente pediu-me para trabalhar sério e exigir compromisso»
Rui Duarte, treinador do SC Braga até ao final da época (IMAGO / Sports Press Photo)
Foto: IMAGO

Rui Duarte: «O presidente pediu-me para trabalhar sério e exigir compromisso»

NACIONAL19.04.202420:18

Treinador do SC Braga recusou aprofundar o assunto Roger Fernandes; técnico aponta ao objetivo bem claro, neste momento, que é o 3.º lugar; elogios para o Vizela.

O SC Braga vem de uma vitória com o Estoril, por outro lado o Vizela não vence há quatro jogos. Neste regresso a casa, o que é que a equipa tem de fazer para vencer?

- O SC Braga tem de trabalhar muito e fazer um jogo sério. Temos de ser rigorosos e demonstrar o compromisso de toda a gente, para levar de vencido este adversário. Apesar da posição na tabela não é fácil, tem processos bons com bola que dificultam a vida aos adversários. Temos de estar ao nosso melhor nível, temos de ser corajosos e fortes para conseguirmos os três pontos.

O que é Vítor Carvalho acrescenta à equipa, tendo-lhe devolvido a titularidade no Estoril?

- Não quero entrar em individualidades. É um jogador que faz parte do plantel, achamos que para o jogo do Estoril era importante, pela posição que ocupa no campo e pela envolvência que dá nessa zona. Acabou por ser uma boa decisão.

Pode explicar a situação do Roger Fernandes que foi despromovido à equipa sub-23? Ainda conta para o que resta da temporada?

- Não posso explicar nada. O que posso dizer é que, e disse isso na primeira conferência, é que o presidente pediu-me para trabalhar sério e exigir compromisso, que havia um objetivo ainda por conquistar. Com os jogadores que temos à disposição queremos dar uma boa resposta. Na conferência, após o jogo do Estoril disse que temos de pensar no Vizela e em mais nada. Esta semana houve muito compromisso e isso deixa-me orgulhoso e temos os jogadores disponíveis para poder conquistar os três pontos.

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Equipa técnica coloca o jovem extremo no plantel que atua na Liga Revelação; ausência no último jogo prende-se com questões de gestão desportiva; possível imbróglio com a renovação de contrato.

O 3.º lugar é o que realmente motiva a equipa neste momento, sendo que apenas depende de si, pois ainda vai defrontar V. Guimarães e FC Porto?

- Não escondemos que é o nosso objetivo. Somos um clube grande e quem representa este emblema tem de estar consciente que temos de trabalhar todos os dias para fazer mais. O facto de dependermos só de nós é bom, mas só olhamos para o Vizela. Não quero falar de coisas que ainda se vão passar mais à frente. Foi o nosso foco, só falamos de Vizela e das dificuldades que nos podem criar. Também potenciar processos que estão bem feitos e outras coisas que podíamos corrigir e acrescentar valor na minha ideia de jogo. Este clube obriga-nos a querer mais. Equipa técnica e jogadores somos todos ambiciosos.

Não o preocupa algum género de facilitismo tendo em conta a posição na tabela do Vizela?

- É claro para todos que o Vizela joga bem. Nos jogos que têm perdido, os adversários não têm ganho de forma fácil. É uma equipa com uma entidade bem vincada, principalmente com bola, que tenta atrair o adversário. Temos de ser rigorosos e com uma entrega muito grande. Até porque com o objetivo bem definido e se queremos lutar por ele, este jogo temos de ganhar. Entrar fortes, mostrar qualidade e procurar a vitória.

Com as mudanças que fez para o jogo com o Estoril, pode dizer-se que encontrou o seu onze para o que resta da temporada?

- Encontrei um grupo saudável que quer lutar e que tem muita qualidade, para cada jogo há uma estratégia e um onze que entendemos que é o melhor para ganhar o jogo. Acredito de convicção que estaremos preparados para ganhar ao Vizela.

Antes da partida com o Estoril falou de uma outra atitude e mentalidade. Já a encontrou? Também abordou os objetivos individuais e Simon Banza está na luta pela BOLA de Prata. Sente alguma ansiedade no jogador?

- Não sinto ansiedade nenhuma, está a fazer o seu trajeto, os companheiros têm ajudado bastante, ninguém faz golos sozinhos. Vão surgir naturalmente, tanto a ele como ao Abel. Já sobre os processos, não se constroem de um dia para o outro, criar mentalidade e incutir valores, também os jogadores tiveram de perceber o líder que está deste lado, pois há estilos diferentes. Mas, criamos uma boa sinergia, saudável, para trabalharmos bem, fazendo com que os jogadores percebam que determinado trabalho nos vai levar ao sucesso. Também perceber as características de cada um para dar o melhor à equipa. Desde que cheguei, só dois jogadores não foram utilizados.