Benfica-V. Guimarães, 1-0 Rui Borges: «Fomos um pouquinho superiores ao Benfica»

Treinador do Vitória de Guimarães afirmou que os seus jogadores estiveram muito bem no Estádio da Luz e que apenas faltou eficácia, algo que o seu adversário teve

O Vitória de Guimarães perdeu no Estádio da Luz, este sábado, por causa de um golo solitário de Akturkoglu, e somou o quinto jogo consecutivo sem ganhar, fora de portas, algo que Rui Borges desvalorizou e apontou para a eficácia encarnada.

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- Esta é a melhor forma de ficar bem vincada a exibição do Vitória, ainda que não existam vitórias morais?

- Sim, não existem. Acima de tudo, um grande jogo de futebol, com duas grandes equipas, com duas equipas que dignificaram bem o nosso futebol, com um jogo bem jogado, um jogo competitivo, duas equipas grandes, a quererem ganhar, a quererem jogar, a não deixarem o jogo entrar numa moléstia, digamos. Fizemos um grande jogo. Em relação à nossa equipa, acho que dignificámos da melhor maneira o clube, a cidade, os adeptos que fizeram uma viagem para estar aqui, que fizeram um esforço enorme para estar aqui. Fizemos um grande jogo. Fica um bocadinho a frustração e não vou fugir dela, porque, por tudo que fizemos, acho que merecíamos algo mais. Não podia ter pedido mais aos meus jogadores, fizemos um grande jogo, em pleno Estádio da Luz, estádio cheio. Sabíamos que íamos enfrentar uma equipa que estava muito motivada para fazer também um grande jogo, mas penso que, acima de tudo, conseguimos impor o nosso jogo… e fica essa frustração de sair daqui com zero pontos.

- Qual sente ter sido o aspeto que os seus jogadores mais interpretaram na perfeição e, por outro lado, o que é que faltou? Claro que a resposta será que faltou o golo, mas o que é que faltou para lá chegar? 

- A diferença das ditas equipas grandes é esta. O Benfica, num pormenor de finalização, foi bastante eficaz. Tem um remate enquadrado com a baliza, com o golo. Pelo menos as estatísticas assim o dizem. Faltou-nos a nós ter a mesma qualidade nos remates que tivemos enquadrados na baliza do adversário. Chegámos várias vezes à baliza, um jogo bem disputado, sem dúvida alguma. No geral, penso que fomos superiores um pouquinho ao Benfica. Eles perceberam que tinham de nos respeitar e tiveram essa capacidade, essa humildade, de às vezes sofrer um pouco, entre aspas, enquanto equipa, mas é isso, faltou um bocadinho a finalização. Faz parte também do crescimento de muitos jogadores da nossa equipa, dessa juventude que nós temos, que se vai evidenciar no futuro, não tenho qualquer dúvida. Não há vitórias morais, é certo, mas é seguir o nosso trabalho, é perceber que fomos consistentes daquilo que trouxemos já do Cazaquistão, do jogo passado no Gil. Mantivemos o nosso nível de jogo, mantivemos a nossa intensidade, a nossa competitividade, aumentou muito. É seguir, é consistência, a dificuldade do futebol é consistência. Nós temos que é manter e é perceber que é esta consistência que temos de ter, porque no fim vamos ser muito felizes, sem dúvida alguma.

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- Nos últimos jogos, a equipa tem dificuldade em conseguir carimbar triunfos fora de portas. Isto é apenas coincidência, tendo em conta a forma como a equipa jogou aqui, ou sente que há algo a trabalhar nesse aspeto?

- Não, muito sinceramente, penso que é continuar a acreditar no trabalho e acertar essa parte, se calhar, mais da finalização, que nos últimos jogos temos tido imensas oportunidades de golo e estamos a falhar demasiado. Faz parte do crescimento, temos trabalhado, é continuar a insistir e, acima de tudo, não duvidar daquilo que é o nosso trabalho. Manter o mesmo ritmo, a mesma entrega, o mesmo foco, porque acredito mesmo que o futuro será risonho.