Ramsdale fala sobre a perda de titularidade no Arsenal
Aaron Ramsdale e David Raya. Foto PA Images
Foto: IMAGO

Ramsdale fala sobre a perda de titularidade no Arsenal

INTERNACIONAL19.10.202317:35

Guarda-redes inglês revela como tem vivido a saída do onze da equipa de Arteta para David Raya, bem como a atenção que tem recebido estando no banco

Aaron Ramsdale, guarda-redes do Arsenal, falou, pela primeira vez, sobre a perda da titularidade da baliza do Arsenal para David Raya, bem como da atenção que tem recebido a partir do banco, destacando um comentário de Jamie Carragher e a consequente resposta do seu pai.

Em entrevista ao The Athletic, o guardião inglês confessou que «tem sido difícil», tanto estar no banco, como a atenção que tem recebido, por exemplo, ao ser focado após várias intervenções de David Raya, o atual titular. «Há vezes em que estás a fazer o que está certo, mas está errado e, se não fizeres nada, está mal. Então é uma faca de dois gumes», adicionando ainda que «há muita atenção. É uma posição onde, se não houver muito a dizer, é porque estás a fazer um bom trabalho. Neste momento, há muita conversa», completou.

O caso mais destacado desta atenção aconteceu frente ao Tottenham, quando, após defesa de David Raya, as câmaras captaram Ramsdale no banco, a aplaudir o guardião espanhol. Esta atitude valeu um comentário de Jamie Carragher, que comparou o inglês a «um ator que aplaude e sorri para um colega que ganhou um Óscar em vez dele». Estas palavras levaram à resposta do pai de Ramsdale no Twitter, que as classificou como «uma desgraça». Ainda assim, Ramsdale garante que «não ficou chateado». «Ele não disse nada de mais. Não foi uma grande ajuda, ele sabe. Estava numa viagem de golfe em Espanha, claramente bebeu um bocadinho demais no campo», disse, em tom de brincadeira.

Ramsdale garante ainda que trabalha muito bem com o seu concorrente direto. «Puxamos um pelo outro no treino. Há dias em que eu chego e estou um pouco em baixo, e ele apoia-me. E se, por alguma razão, ele estiver em baixo, mesmo que eu esteja a sofrer por não estar a jogar, tenho de me erguer e puxá-lo para cima», afirma, deixando também um comentário sobre a sua posição na seleção: «O treinador está atento. Tenho de voltar ao clube e dar tudo para continuar a ser escolhido e a dar dores de cabeça ao treinador porque se não o fizer, torna-se mais fácil para ele».