Premier League vai limitar gastos dos clubes em 85% das receitas
Premier League (IMAGO)

Premier League vai limitar gastos dos clubes em 85% das receitas

INTERNACIONAL06.06.202419:58

Liga inglesa pretende testar novas regras financeiras, após muitas críticas, e até batalhas judiciais, por parte de diferentes clubes

A Premier League divulgou esta quinta-feira em comunicado que vai introduzir, a título experimental e «não vinculativo», um limite de gastos nos plantéis das equipas do campeonato, que não poderão exceder 85% das receitas de cada clube.

Esta alteração denomina-se de Regras de Custo de Equipa e a Liga explicou o que pretende alcançar com ela: «O sistema visa melhorar e preservar a sustentabilidade financeira e a competitividade equilibrada da Premier League, bem como ultrapassar as aspirações dos clubes, facilitar alinhamento com outras competições e apoiar a competitividade dos clubes nas competições da UEFA.»

Os clubes do campeonato inglês aprovaram ainda a introdução das “Regras de Ancoragem do Topo ao Fundo”, também em fase experimental. Esta medida proíbe qualquer emblema de gastar, segundo a imprensa inglesa, mais do que cinco vezes das receitas comerciais (televisivas e de prémios) recebidas pelo último classificado do campeonato.

A contestação de clubes

Estas novas regras surgem num período de contestação entre diferentes emblemas ingleses e a própria Premier League.

Para já, as contestadas regras de sustentabilidade financeira, que resultaram na dedução de pontos a Everton e Nottingham Forest na última época, continuarão em vigor.

Estão também a decorrer dois processos judiciais entre a liga e o Manchester City. A primeira acusa o segundo de, entre 2009 e 2018, violar 115 regras financeiras. O veredicto desta investigação poderá ter diversas consequências, mas só deverá ser conhecido no verão de 2025.

Depois, recentemente o emblema de Rúben Dias, Matheus Nunes e Bernardo Silva processou a Premier League devido às regras comerciais da mesma. Nomeadamente, no que toca às operações entre empresas com o mesmo proprietário – recorde-se que o City, detido pelo um grupo dos Emirado Árabes Unidos tem maior companhia aérea desse mesmo país (Etihad Airways) o principal patrocinador da sua camisola.

Manchester City, de Bernardo Silva (IMAGO)
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Esta última regra foi introduzida em 2021 após o Newcastle ser adquirido por um fundo pertencente ao governo da Arábia Saudita, com o objetivo de os magpies não aproveitarem as suas ligações com este Estado para obterem vantagens económicas.