Portimonense: «Muita frustração no início da semana», revela Paulo Sérgio
Paulo Sérgio, treinador do Portimonense Foto: Portimonense SAD

Portimonense: «Muita frustração no início da semana», revela Paulo Sérgio

NACIONAL20.04.202419:04

A causa foi o segundo golo do Casa Pia, que deixou o grupo «irritado»; reação boa para dar continuidade aos bons resultados.

A forma como o Casa Pia apontou o segundo golo, que ditou o empate (2-2) no jogo, em que os algarvios se queixam de falta sobre Nakamura, causou alguma «frustração» e «irritação» no grupo, referiu Paulo Sérgio. Mas, a vida continua e o treinador do Portimonense aponta já ao jogo deste domingo, em Famalicão e em dar sequência aos dois resultados da sua equipa, que não perdeu, tendo vencido em Chaves e empatado com os casapianos. 

- Como reagiram os jogadores no trabalho durante a semana ao empate com o Casa Pia, num jogo em que o Portimonense teve dois golos de vantagem?

«Reagiram bem. Muita frustração no início da semana. Como eu disse após o jogo, aquele segundo golo…é inacreditável como é que não é apontada falta sobre o Nakamura e há o lance da grande penalidade sobre o Hélio, decisões que nós discordámos no momento. Isso causou frustração, irritação, mas há que seguir trabalhando e foi aquilo que se procurou fazer ao longo da semana: continuar a injetar confiança, são dois jogos a somar pontos e vamos à procura que aconteça o mesmo já neste fim-de-semana.»

- Nos últimos três jogos o Portimonense tem feito coisas muito interessantes, voltou aos golos, mas continua a cometer alguns erros…

 «Como eu disse, foi um jogo onde a equipa não cometeu muitos lapsos, bastante competitivo, difícil, com uma equipa boa e foi rigorosa. Pena o desfecho ter sido ditado da forma como já referenciei.»

 - Que equipa podemos esperar em Famalicão?

 «Como a que tem entrado em todos os jogos desde o início. A equipa tem cara, tem alma, é competitiva e tem que crescer, tem que continuar sempre a crescer, porque é uma equipa muito jovem e tem que eliminar o máximo possível os tais erros que muitas das vezes nos metem em problemas e nos tiram os resultados e nos põem a jogar de uma forma mais sôfrega. Mas competitiva e com alma, a equipa tem sido sempre. O nosso trabalho é clarear o melhor possível todas as ideias da equipa, quer no plano ofensivo, quer no plano defensivo, para que ela possa ser competitiva e conquistar objetivos.»

- Como é que o Portimonense pode surpreender o Famalicão que atravessa, nesta altura, uma boa fase?

«Nesta altura do campeonato não há surpresas. O Famalicão saberá o que esperar de nós, como nós sabemos o que esperar do Famalicão. O Famalicão é uma excelente equipa, recheada de ótimos valores. Tinha um ótimo treinador no passado, trocou por um outro também excelente, portanto, sabemos que nos aguarda um conjunto de problemas que nós, obviamente, para competir nesta liga, teremos que saber resolver e ir à procura de criar também nós muitos problemas ao Famalicão.»

- O que é que o Famalicão mudou com a chegada do Armando Evangelista?

«A equipa de qualidade estava lá, fez muitos jogos de grande qualidade com o João Pedro [Sousa]. Agora, com o Armando [Evangelista], encontrou uma boa sequência de resultados. Mas muitos pontos foram feitos pelo João Pedro [Sousa] antes. Portanto, dois treinadores de categoria. Acho que aquilo que mudou, mesmo no plano tático, foi o encontro com os resultados, quiçá não conseguiram antes de uma forma mais sustentada.»

- Com o Casa Pia, o Tamble e o Alemão estrearam-se a marcar. Isso é importante para motivar o resto do grupo?

«O Alemão leva quase uma época inteira de jogos na 1.ª liga, é um miúdo com 20 anos. O Tamble chegou no final do mês de janeiro, vindo da Liga 3. Teve algum azar porque no segundo treino lesionou-se e depois de recuperado, na primeira oportunidade no Estádio da Luz, voltou a lesionar-se. Portanto, ele perdeu muito tempo, mas são dois jovens com enorme potencial para nós desenvolvermos aqui. acredito, quer um quer outro, com um futuro brilhante.»

- O Famalicão tem sido talismã para o Portimonense. Para manter?

«O passado é o passado. Fizemos lá bons jogos, bons resultados. Amanhã outra história, outro jogo, são outros adversários, são grupos diferentes. Isso vale o que vale,»