No Portimão Estádio vão estar em confronto duas equipas voláteis, em termos de resultados e exibições
Portimonense e Arouca abrem neste sábado, às 15:30h no Portimão Estádio, a 20.ª jornada da Liga. No campeonato, os dois clubes estão separados por apenas um ponto: com 21 pontos, os algarvios ocupam o 11.º lugar na classificação e o Arouca é 9.º, com 22.
A irregularidade nos resultados e na produção tem sido uma constante nas duas equipas, que alternam com frequência o melhor e o pior, em curto espaço de tempo. Na 1.ª volta, registou-se um empate a um golo em Arouca: Hélio Varela colocou os algarvios em vantagem aos 5 minutos e Morlaye Sylla empatou aos 83. O encontro terá como árbitro David Silva (AF Porto), assistido por Nuno Eiras e Nelson Cunha. No VAR vai estar Rui Oliveira (AF Porto) e no AVAR, Tiago Costa (AF Porto).
O total do histórico de confrontos entre os dois clubes contempla dez jogos, com cinco vitórias do Arouca, contra duas do Portimonense. E, na 1.ª Liga, a vantagem arouquense é mais evidente, nas cinco ocasiões em que se encontraram, com três triunfos e dois empates, o que significa que os algarvios nunca venceram. Ate mesmo no Portimão Estádio, e voltando à totalidade do histórico, em cinco jogos o Arouca tem duas vitórias, contra uma do Portimonense.
O Arouca não perde com o Portimonense há cinco jogos e marcou sempre aos algarvios, nas últimas nove vezes em que os dois clubes se defrontaram. A última vitória do Portimonense foi em 2015/2016, para a Taça da Liga: 4-1, com golos de André Carvalhas (15 de g.p, 52 e 58 de g.p) e Nelsinho (37, p.b.). Roberto marcou o golo do Arouca.
PORTIMONENSE
À fraca exibição com o Gil Vicente, o Portimonense respondeu com excelência no Bessa, diante do Boavista, goleando (4-1) e sacudindo um pouco a pressão dos lugares mais baixos da tabela classificativa. No Bessa, Paulo Sérgio surpreendeu ao jogar sem um ponta-de-lança de raiz, apostando na mobilidade e experiência de Berto e ganhou a aposta, como o próprio reconheceu na influência que o extremo teve nos golos. Hoje o treinador volta a não poder contar com o central Alemão e o médio Paulo Estrela, ambos devido a lesão e vai a jogo sem dois elementos que têm sido imprescindíveis: Dener e Hélio Varela, castigados devido aos cartões amarelos. São duas baixas de peso, que deverão fazer alterar o 4x2x3x1 para 4x4x2, com Ronie Carrillo mais adiantado e Berto nas suas costas.
Hildeberto Pereira, Berto no futebol, foi o reforço mais sonante do Portimonense neste mercado de janeiro. O avançado de 27 anos foi determinante na vitória dos algarvios na passada jornada, estando nos três primeiros golos com que o Portimonense surpreendeu o Boavista, na 1.ª parte. Iniciou a transição no primeiro, finalizado por Hélio Varela, assistiu Jasper no segundo e sofreu falta à entrada da área, para Carlinhos anotar o terceiro no livre. Experiente, é uma mais valia para a equipa e para o crescimento da juventude que integra o plantel dos algarvios.
Paulo Sérgio, treinador do Portimonense: «Vamos ter um adversário de muita qualidade, quer no plano individual, como no coletivo, e sabemos que vai ser difícil e duro. Temos que nos focar em nós, sermos iguais a nós próprios, mas no nosso melhor, obviamente. E é trabalhar muito, só assim se conseguem os três pontos numa liga que está muito equilibrada naquilo que à luta da manutenção diz respeito. Está tudo muito embrulhado e todos os pontos são fundamentais para podermos fazer a caminhada da forma mais leve possível. Por vezes, a imaturidade da equipa leva a estas performances tão desencontradas, digamos assim, e esse crescimento, essa maturidade, não acontece num estalar de dedos. Parece que, por vezes, quando as coisas correm bem, que há uma tendência para algum relaxe e debaixo de pressão a equipa reage com caráter e com atitude. E esta equipa não se pode dar ao luxo de qualquer tipo de relaxe ou vaidades, tem que trabalhar do primeiro ao último minuto para conseguir os resultados que nós pretendemos.»
Treinador do Portimonense abordou o jogo deste sábado com o Arouca e falou das oscilações de resultados que a sua equipa tem tido; Berto acrescenta qualidade no último terço.
AROUCA
Depois de três derrotas, o Arouca voltou, nas duas rondas anteriores, a trilhar o caminho do sucesso e com classe na última jornada, goleando (5-0) o Vizela, com quatro golos repartidos por dois artilheiros da sua armada espanhola: Rafa Mujica e Cristo González. Daniel Ramos não vai poder repetir o onze que colocou em campo contra os vizelenses, e vai ter mesmo que mudar de centrais, porque Montero viu o 5.º cartão amarelo no campeonato e vai cumprir um jogo de suspensão e Rafael Fernandes foi transferido para o Lille. Para agravar essa questão central na defesa, Galovic está em dúvida devido a problemas físicos. Assim, restam ao treinador o uruguaio Matías Rocha e Robson Bambu, central brasileiro de 26 anos, recrutado recentemente ao Nice, que tem desta forma via aberta para se estrear pelos arouquenses. Mateus Quaresma, Hamache e Vitinho, estão lesionados e Pedro Santos volta a ser opção para o meio-campo, depois de ter cumprido um jogo de suspensão.
Lesionados ou em dúvida: Hamache, Vitinho, Mateus Quaresma e Galovic
Castigados: Montero
JOGADOR EM DESTAQUE: RAFA MUJICA
O avançado espanhol é o melhor m marcador de sempre do Arouca e nesta época tem estado com a pontaria afinada, atravessando uma fase de grande produtividade, com oito golos apontados nos últimos oito jogos do campeonato. Até ao momento, é o jogador com mais influência nos golos da sua equipa, com onze remates certeiros e uma assistência.
Daniel Sousa, treinador do Arouca: «Fizemos um bom resultado (5-0) com o Vizela, mas o Portimonense também ganhou (4-1 ao Boavista) com uma boa exibição. É um sinal de que eles também estão bem e que vai ser um jogo difícil, com características muito particulares, não só pela deslocação, mas também pela dinâmica que imprimem no jogo. É uma equipa bastante competente e com dinâmicas difíceis de controlar. A distância para os últimos lugares está melhor, mas não é ainda confortável, pois basta um ou dois jogos para as coisas mudarem de figura. Temos de continuar o nosso caminho, concentrados e com humildade, manter o registo de trabalho e de progressão em conformidade com o plano que traçamos. Mantenho a metáfora do porta-aviões de que temos de estar preparados para qualquer jogo, em casa ou fora de casa. O campeonato está muito competitivo e, da leitura que faço, 30 pontos não serão suficientes para a permanência.»
Técnico projetou, esta quinta-feira, a visita ao Portimonense; destaca as contas do campeonato; falou ainda sobre a chegada dos reforços neste mercado de inverno