Pagou para ser selecionador e agora foi condenado a prisão perpétua
Li Tie confessou ao canal de televisão CCTV estar envolvido em manipulação de resultados e que pagou cerca de 400 mil euros para ser selecionador da China.
Na sequência de uma investigação estatal sobre a corrupção na China, Li Tie, antigo médio do Everton e selecionador nacional, foi condenado a prisão perpétua por suborno.
O próprio confessou o crime, na televisão estatal CCTV, adiantando que pagou um montante a rondar os 380 mil euros para ser nomeado selecionador da China, após a saída de Marcelo Lippi, em 2019.
«Sinto muito. Eu devia ter baixado a cabeça e seguido o caminho certo. Havia algumas coisas que eram práticas comum no futebol à época», revelou o antigo jogador, que representou o Everton entre 2002 e 2004, num documentário a ser realizado naquele país.
Além do pagamento já referido, o ex-médio, agora com 46 anos, disse, também, ter influenciado árbitros, treinadores e jogadores adversários, com o intuito de ter bons desempenhos. Como treinador do Hebei Chine Fortune e Wuhan Zall, Li Tie terá manipulado vários jogos, para ser campeão da China League One, em 2018.
«Ter sucesso desta forma tão imprópria deixou-me cada vez mais impaciente e ansioso para obter resultados rápidos. Queria ter bons resultados, como tal, influenciei árbitros, subornei jogadores e treinadores rivais, às vezes por meio de acordos entre clubes. Este comportamento tornou-se um hábito e, eventualmente, há um leve vício nessas práticas», concluiu.
Além do ex-Everton, o presidente da associação de futebol da China, Chen Xuyuan, e o dirigente desportivo, Du Zhaocai, foram condenados a 15 e 13 anos de prisão, respetivamente.