Os destaques do Benfica: Otamendi resiste em luta de sobrevivência
O melhor: Otamendi (6)
Se Kubo não causou ainda mais problemas (e foram muitos) deve-se a Otamendi, que salvou a pele de Jurásek, pelo menos, cinco vezes. Acumulou cortes em antecipação, ganhou duelos a Kubo e Oyarzabal, mas não evitou o golo de Méndez, perto da sua área de ação. Ainda tentou mostrar aos companheiros o caminho da baliza, como numa saída para o ataque, ainda na primeira parte, e um disparo por cima da barra (32’). Foi um resistente quando quase todos os outros pareciam resignados com o destino negro.
Trubin (6) - Teve de recorrer a diferentes recursos técnicos: boas reações entre os postes a remates de Kubo e Zubimendi (este perigoso) e saídas seguras a cruzamentos por alto e a meia altura. No lance do golo cobriu o disparo de Barrenetxea, que acabou por servir Brais Méndez.
Bah (3) — Fora de forma, sem ritmo ou intensidade, primeira tentativa de cruzamento aos 41’. Sem influência no ataque, foi batido por Barrenetxea (ficou pregado ao relvado) no lance do golo, e, talvez sem fôlego, ficou-se pelo meio-campo, assustado com os adversários.
António Silva (4) — Mais ocupado com Oyarzabal, contra o qual ganhou e perdeu duelos, deixou Brais Méndez marcar o golo na sua zona de ação.
Jurásek (2) — Mau passe no primeiro minuto para os pés de Brais Méndez deu o mote para o pesadelo que viveu, sobretudo porque pela frente teve Kubo. Três vezes deixou escapar o japonês, para o qual não teve resposta. Duas ações de ataque: centros para João Mário (9’) e Musa (18’).
João Neves (3) — Aos 37’, pressionou Merino e ainda deve estar para perceber por onde passou a bola. Essa falha ilustrou o que foi o jogo do médio: escolheu mal as zonas de pressão, andou perdido na leitura de jogo. Pegou poucas vezes na bola no ataque.
Aursnes (4) — Começou por ser o primeiro jogador a baixar para iniciar o ataque, mas quando levantava à frente não encontrava um companheiro para entregar a bola. Falhou passes (aos 29’, num desses erros, Kubo quase marcou) e também não soube o que fazer com os médios que lhe surgiam confortáveis com a bola pela frente.
David Neres (5) — Acaba o jogo com três remates — foi o único com o pensamento na baliza, num deles Remiro fez uma boa defesa (58’). Conduziu alguns contra-ataques, mas também teve pouca capacidade para desequilibrar.
Rafa (4) — Quando os melhores momentos de Rafa são uma recuperação de bola e o corte de um contra-ataque em missão defensiva, não é preciso dizer muito mais sobre a entrega do avançado. Mas o Benfica precisava mais dele na frente. Aos 12’ isolou-se e ofereceu golo (bem anulado) a Musa. Aos 60’, perdeu a bola e originou lance perigoso dos bascos.
João Mário (4) — Quando a bola queimava nos pés dos jogadores tentou meter alguma calma no jogo e evitar que a equipa a perdesse depressa. Talvez com calma a mais, como aconteceu quando perdeu a bola para Oyarzabal (22’). Saiu ao intervalo.
Musa (3) — Isolado da equipa, marcou um golo (anulado por fora de jogo de Rafa) e rematou uma vez por cima da barra (18’).
Kokçu (3) — Como médio mais recuado de um meio-campo a três não teve velocidade para o jogo, que lhe passou ao lado. No lance do golo não cortou a linha de passe nem pressionou Merino, quando este serviu Barrenetxea na esquerda. Um centro/remate aos 78 minutos obrigou Remiro a defesa difícil.
Arthur Cabral (3) — Entrou após o intervalo, deu sinal de vida aos 55’ num canto... a favor da Real Sociedad. Combinou uma vez com Neres e perdeu uma oportunidade para criar perigo depois de lançado por Bah (73’), deixando que Zubeldia se antecipasse.
Bernat (2) — Foi lançado aos 59’ e logo fez cócegas a Kubo, que depois foi rematar com perigo. Aos 67’ andou a correr atrás do japonês da esquerda para o centro, à entrada da área, mas não evitou o disparo ao poste (67’). Poucas ações ofensivas.
Tiago Gouveia (6) — Entrou carregado de energia, representou uma espécie de manobra de ressuscitação da equipa. Arrancou um amarelo a Elustondo, poderia ter arrancado o segundo pouco depois. Aos 79’ rematou à baliza e obrigou Remiro a defesa segura.
Chiquinho (-) — Esteve 9’ em campo, sem qualquer influência na partida.