Os destaques do Benfica: António Silva só teve cabeça para a vitória

Marcou o golo da vitória aos 90+3 minutos e evitou que o Estoril marcasse aos 90+8’... as duas vezes de cabeça; Musa entrou e deu vida a um ataque quase moribundo

Trubin (7) - Depois de ter sido obrigado a trabalhos forçados com o Inter tirou uma folga na primeira parte com o Estoril, pois quase nada foi obrigado a fazer, apenas a sair uma vez, com coragem, aos pés de um ameaçador Cassiano. Na segunda, defesas seguras a remates de Volnei e Guitane e susto ao ver remate de Heriberto ao poste.

Aursnes (5) - É o jogador com mais minutos nas pernas do Benfica e isso começa a passar fatura - pareceu sem pulmão para lidar com as tarefas defensivas e ofensivas. É verdade que não comprometeu, mas também não teve impacto positivo. 

Otamendi (6) - Os dois lances relevantes da exibição foram no ataque. Significa que a defender correu tudo bem. Com vontade de subir no terreno, teve um remate perigoso aos 57’ e outro, em muito boa posição para marcar, que justificava outro fim (88’), mas saiu ao lado. 

Jurásek (5) - Sem ritmo para contribuir para o volume ofensivo da equipa, somou só dois cruzamentos (um muito bom aos 76’). E, claro, o lance que vai correr as redes sociais, quando fez passar a bola por entre as pernas de Rodrigo Gomes e serviu Musa aos 74’. Andou perto de Guitane mas não evitou as correrias do francês. 

Florentino (4) - De três passes errados e arriscados (18’, 34’ e 45’) nasceram saídas rápidas do Estoril, com a equipa desequilibrada. Recuperou algumas bolas, mas falhou nos momentos e zonas de pressão. Pouca influência na construção do ataque. 

Chiquinho (4) - Se a avaliação fosse só pelos melhores lances do jogo, lá estaria o passe de Chiquinho a isolar Tengstedt aos 24’. Mas a exibição foi mais do que isso. Para pior. Perdeu a bola para três contra-ataques perigosos do Estoril (36’, 49’ e 66’), num deles recorreu a falta sobre Guitane e viu amarelo. O francês também escapou à frente de Chiquinho no lance em que Heriberto atirou ao poste. 

João Mário (4) - Entrou sem rotação para o que pedia o jogo. Nunca encontrou caminhos nas zonas interiores, que insistiu em procurar. Aos 57’, numa recarga a remate de Otamendi, esteve perto de marcar. 

Rafa (5) - Aos 40’ isolou Tengstedt, no ponto alto de exibição cinzenta de mais, sem arrancadas fulgurantes. O jogo fugiu-lhe e foi incapaz de contrariar essa circunstância. 

David Neres (6) - Criou pouco para o que o Benfica dele precisava, mas também é verdade que poucos lances coletivos a equipa produziu pela esquerda. Mesmo assim, mostrando compromisso defensivo, destaque para corte a remate de Rodrigo Gomes (10’) e remate perigoso depois de tirar Bernardo Vital e Mateus Fernandes da frente (32’). Marcou o canto do qual resultou o golo de António Silva. 

Tengstedt (4) - Estreou-se como titular na 10.ª presença pelo Benfica e vontade levou para o campo, pressionando o adversário e procurando a bola com movimentos rápidos nas costas dos defesas. Esqueceu-se, porém, de afinar a mira. Teve duas boas oportunidades, demorou no tempo dos disparos, que saíram com perigo mas ao lado do alvo (24’ e 40’). Não foi referência ofensiva entre os centrais. 

João Neves (6) - Mais vertical e dinâmico que qualquer dos outros médios, excelente passe para Musa, que amorteceu para remate de Otamendi (88’). Só não conseguiu evitar as saídas do Estoril para o ataque, mas também precisava de mais ajuda da equipa. 

Musa (7) - Concluiu mal, pouco depois de entrar, um cruzamento de Jurásek, na pequena área, mas deu logo sinal que entrara para fazer a diferença. E fez. Aos 88’ convidou de cabeça, amortecendo a bola, Otamendi a marcar. E, aos 90+3’, meteu a bola, também de cabeça, no sítio certo para António Silva finalizar. Foi, ainda, o apoio entre os defesas que os companheiros precisavam. 

Bernat (5) - Participou num lance ofensivo, no qual surgiu à entrada da área. Pouco mais a registar. 

Gonçalo Guedes (-) - Protagonista de lance na esquerda: diagonal para dentro e remate, mas Pedro Álvaro desviou para canto.