Polónia O stresse constante do engenheiro
«A estreia é uma responsabilidade. É uma nova fase na minha vida, um novo país. Mas o trabalho dum treinador é um stresse constante, todos temos stresse antes dos jogos. Se não tivermos é porque não estamos a fazer o nosso trabalho. O que temos de fazer é transformá-lo em algo positivo.»
As palavras são de Fernando Santos, depois de ser questionado, em conferência de imprensa, se estava preocupado com o arranque de nova etapa da carreira - após mais de oito anos como selecionador de Portugal, estreia-se hoje no mesmo cargo mas na Polónia, com duelo na República Checa de apuramento para o Euro-2024.
O palco, a Arena Fortuna, em Praga, Fernando Santos conhece bem - há precisamente seis meses, a 24 de setembro do ano passado, o engenheiro liderou Portugal em goleada por 4-0 frente aos checos, na Liga das Nações, já depois de vitória em casa por 2-0, em junho. Agora comanda outros jogadores, mas a confiança é a mesma: «Acredito que podemos vencer. É um adversário difícil, que tenta atacar rápido, mas podemos dominar o jogo, ter mais bola. Os jogadores estão muito motivados, encontrei um ambiente incrível. Quero que eles joguem com confiança e paixão. Claro que estão a adaptar-se ainda às minhas ideias, que não são melhores ou piores, apenas diferentes.»
A primeira semana na seleção polaca foi conturbada, com entrevista do guarda-redes Skorupski a levantar polémica de prémios no Mundial-2022, levando o português a limitar os contactos dos jogadores com a imprensa - para fúria da comunicação social polaca. Ontem, nas conferências oficiais da UEFA, o capitão Robert Lewandowski lá deu a cara, pedindo desculpa por não ter agido suficientemente cedo para resolver os problemas no Catar.