Benfica O núcleo duríssimo de Roger Schmidt
Quem olha para os jogos do Benfica e, mais especificamente, para o rendimento dos seus jogadores fica com a ideia de que a equipa continua, fisicamente, muito fresca. Os jogos menos conseguidos dos encarnados (SC Braga para a Liga e para a Taça de Portugal e Moreirense para a Taça da Liga, por exemplo) não mostraram sinais fortes de debilidade física, antes terão sido encontros de menor rendimento global. O que acontece todas as épocas com todas as equipas de todos os países.
O Benfica chega a meio de março com 43 jogos realizados: 24 para a Liga, 12 para a Liga dos Campeões, 4 para a Taça de Portugal e 3 para a Taça da Liga. É muito jogo. O FC Porto realizou ontem, frente ao Inter, igualmente o jogo 43 em 2022/2023, enquanto Sporting vai em 40 e SC Braga em 37. Dragões, leões e guerreiros já tiveram, esta época, jogos em que a componente física ficou aquém do ideal, mas as águias, embora nem sempre a 100 por cento em todos os jogos neste capítulo, nunca mostraram quebras claramente visíveis.
Depois, quando se olha para a utilização de jogadores por parte de Roger Schmidt, reparamos que, como em quase todas as equipas, de top ou não, existe um núcleo-duro que, no caso do alemão, se transforma num núcleo-duríssimo. Qual a onze-tipo do treinador alemão do Benfica? Este: Vlachodimos; Bah, António Silva, Otamendi e Grimaldo; Florentino Luís e Aursnes; João Mário, Rafa e Neres; Gonçalo Ramos. São estes os 11 com mais minutos nas pernas. A seguir, crescendo com a saída de Enzo Fernández para o Chelsea, aparece Chiquinho como atual 12.º jogador, mas que, até final da época, muito provavelmente entrará no top-11 dos mais utilizados.
Excluindo o guarda-redes Vlachodimos por motivos óbvios, Roger Schmidt tem cinco jogadores acima de três mil minutos: Grimaldo, Florentino, Otamendi, João Mário e António Silva. Nas últimas quatro épocas, nunca a equipa da Luz teve tantos jogadores com mais de três mil minutos nas pernas, tendo sempre como ponto de referência o 43.º jogo oficial de cada uma das temporadas. Ou seja, o treinador alemão aposta muito nos mesmos e essa aposta é mais clara quando fazemos o comparativo com as épocas anteriores Mas a equipa continua fresca, não dá sinais de quebra física.
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