FC Porto «O mercado é o que é, mas é óbvio que queria mais tempo para trabalhar com os reforços»
Sérgio Conceição admitiu que gostaria de ter tido mais tempo para trabalhar com os reforços, no caso Fran Navarro e Nico González.
«O mercado é o que é… Obviamente que sim, queria mais tempo para trabalhar com os reforços, mas muitas vezes as negociações não são fáceis. Há muita gente envolvida, que torna complicado a vinda de jogadores de uma forma mais célere», começou por dizer, em declarações à RTP.
«E aqui no FC Porto, e comigo em particular, mesmo que façam a pré-época toda, normalmente há um período de adaptação que não é fácil, pois vêm para um clube diferente, muito exigente, muito rigoroso no trabalho diário. A adaptação por vezes mão é fácil e nós não queremos queimar nenhuma etapa, para que quando entrem possam estar à vontade com o seu jogo dentro das características da equipa ou da identidade da equipa», prosseguiu.
Relativamente ao duelo com o Benfica, a contar para a Supertaça, o treinador não abriu o jogo em relação à condição física de Diogo Costa e João Mário: «Ainda temos treino amanhã e a minha esperança é grande, mas ainda não é certo.»
Os dragões mantém a base da equipa da temporada passada, com o grande destaque a ter sido a saída de Uribe.
«Muitas semelhanças ao ano passado. Não houve grandes mexidas além da saída do Uribe. E isso também representa um esforço da parte do nosso presidente e do clube e nesse sentido estou contente. Nós fazemos parte dos países em que as equipas para sobreviver têm de vencer e isso é natural. Nós treinadores não gostamos nada e ficamos aziados e às vezes somos apanhados na curva e isso já aconteceu comigo, em que no decorrer do campeonato perdemos jogadores. O nosso trabalho é encontrar soluções. Espero que a época corra um pouco melhor do que no ano passado e nas provas nacionais possamos estar a altura e isso passa por ganhar o campeonato nacional. Temos um ano cheio de batalhas difíceis com rivais capazes. Amanhã vai ser um jogo de muita luta, contra um adversário que também se apetrechou bem, com jogadores de classe mundial. E nós como coletivo temos de ser muito fortes e individualmente temos jogadores que podem dar ao jogo aquilo que é preciso», apontou.
Sobre se o FC Porto é favorito frente ao Benfica: «Quando o árbitro apitar tudo o que são estatísticas, os jogos de preparação e o mercado passa para segundo plano. São 11 contra onze, dentro daquilo que é uma organização coletiva e a estratégia definida, os verdadeiros protagonistas são os jogadores que dão vida a esse trabalho coletivo. Depois há que metê-lo em campo. Olhar para o potenciar na qualidade do nosso rival, que são os campeões nacionais e com humildade trabalhar muito para ganhar este título.»
Sérgio Conceição comentou ainda a saída de Gonçalo Ramos dos encarnados e se alterou algo na estratégia de jogo.
«A estratégia é definida e trabalhamos sobre isso, sobre a nossa equipa, olhando também para uma mexida no adversário. Há características diferentes, temos de ter cuidado e tentar adivinhar o onze, os comportamentos do Benfica não mudam muito em relação aos do ano passado», completou.