«O Ederson a bater um pontapé de baliza e o Benfica a tentar pressionar...»
Ederson Estadio do Rio Ave, em Vila do Conde. Sabado, 11 de Abril de 2015. EDUARDO OLIVEIRA/A BOLA

«O Ederson a bater um pontapé de baliza e o Benfica a tentar pressionar...»

NACIONAL06.09.202411:08

Pedro Martins recorda o guarda-redes que treinou no Rio Ave e o momento em que tudo mudou

Pedro Martins concedeu uma entrevista à Sky Sports, na qual falou de dois jogadores que orientou e que são protagonistas nas melhores equipas da Europa: Ederson e Raphinha.

Sobre o guarda-redes do Manchester City, o técnico português recordou o momento em que tudo mudou.

«Lembro-me de que havia um pontapé de baliza contra o Benfica e eles estavam a tentar pressionar-nos...», disse Pedro Martins, que orientava o Rio Ave na altura.

«A defesa deles estava a pressionar alto, por isso a nossa estratégia foi colocar o avançado muito longe da linha defensiva, porque não há fora de jogo. Ninguém esperava que o Ederson pudesse colocar a bola ali, mas ele fê-lo e nós marcámos», disse.

«Depois disso, o Benfica mudou o seu jogo porque não podia pressionar como esperava. Foi muito bom para nós. Criámos-lhes muitos problemas através de uma bola do Ederson. Mostrou que este é o tipo de guarda-redes que pode mudar o jogo», continuou, para concluir de seguida: «As grandes equipas esperavam por este tipo de guarda-redes, alguém que não tem medo de deixar a área, que pode controlar as situações e resolver muitos problemas.»

O projeto no Al-Gharafa e o apelo de Inglaterra

Atualmente ao comando do Al Gharafa do Catar, diz gostar de desafios. «Sou um treinador de projetos. Desde 2010, não ganhámos nada. Mas agora estamos a mudar isso. O fosso já não é tão grande como quando cheguei. Estamos a lutar em todas as competições. Este é um grande passo», referiu.

«Mudámos todos os departamentos. Eles são mais profissionais agora. E mudámos a mentalidade no balneário. Agora, toda a gente fica descontente se perdermos. Quando cheguei, não era assim», disse, ele que foi premiado com a distinção de treinador do Ano.

Mas a sua ambição passa por outras paragens.:«Já tive propostas, mas não queria deixar o Olympiakos [onde esteve entre 2018 e 2323]. Depois de sair, recebi propostas do Championship, mas não acreditei nesses projectos. Mas Inglaterra é o país do futebol, o melhor dos melhores. Um dia tenho de ir, porque adoro o ambiente.»

Tal como tem acontecido na Arábia Saudita, há jogadores cada vez mais jovens a aparecer. «Marco Verratti, por exemplo, tem 29 anos e ainda não terminou a carreira. Mas um regresso à Europa e, em particular, a Inglaterra continua a ser algo que lhe interessa. Houve propostas, mas não a certa.»