«No Bernabéu sentes-te como um gladiador em Roma», diz Jude Bellingham
Jude Bellingham Foto GUILLERMO MARTINEZ/IMAGO

«No Bernabéu sentes-te como um gladiador em Roma», diz Jude Bellingham

INTERNACIONAL01.02.202415:10

Internacional inglês deu entrevista ao site oficial do Real Madrid e garante que toda a equipa celebra os feitos de cada um como se fossem seus… «uma família»

A chegada de Jude Bellingham ao Real Madrid teve um impacto brutal. Ninguém esperava tanto do médio inglês, que ao site oficial do clube falou da facilidade com que se adaptou e desta realidade incrível que é jogar «no maior clube do mundo», como lhe chama. 

Antes do jogo desta noite frente ao Getafe, que marca o regresso à equipa após ter cumprido um jogo de castigo, compara jogar no Santiago Bernabéu com o que deveria sentir um gladiador num coliseu.

«Sabe-se que o Real Madrid é o maior clube do mundo, mas quando és tu a viver essa grandeza, principalmente agora com as reformas no Santiago Bernabéu, é algo espetacular. É como se estivesse a atuar num coliseu… sentes-te como um gladiador . É muito especial. Quem está fora dificilmente percebe a real grandeza deste clube. É impossível sair por aí e não ser reconhecido. Às vezes isso é bom, outras vezes nem tanto. Este clube é de nível superior. Nos treinos diários os jogadores estão muito seguros de si, o treinador está tranquilo. É um bom ambiente para trabalhar, para poder se expressar e ser criativo com o seu futebol», afirmou o internacional inglês.

Jude Belligham chegou apenas no verão passado, mas diz que é como se fosse jogador do Real há anos: «Sinto-me em casa nesta cidade. A minha família está confortável, os meus amigos vêm ver-me e adoram a cidade . As pessoas e os fãs são muito respeitadores. Tratam-me muito bem. Sinto que estou aqui há anos com a equipa técnica e os meus companheiros de equipa. Estou muito feliz com este início e agora só tenho de manter este nível durante a temporada.»

O médio mostrou no Real Madrid uma característica que esteve um pouco mais escondida no Dortmund e aproveita para dizer o que mudou da Bundesliga para o futebol espanhol: «A minha função mudou desde que cheguei ao Real Madrid. No Dortmund marquei alguns golos, mas joguei mais atrás, era mais difícil marcar. Agora jogo com os melhores do mundo e mais como um 10, mais próximo da área. Tenho liberdade de me movimentar em qualquer lugar do campo e gosto de poder entrar na área, ser criativo, rematar para golo. E tudo isto graças ao treinador [Carlo Ancelotti] e aos meus companheiros. Tenho que fazer o meu trabalho e com as minhas qualidades ajudar a equipa. São eles, o meus companheiros, que merecem todos os elogios.»

De seguida, diz que o sucesso tem sido a força do coletivo e a forma como os jogadores se apoiam uns aos outros: «O que mais gosto nesta equipa é que todos os companheiros estão felizes uns pelos outros . Se fazes algo de especial ou marcas um golo, todos celebram. É verdade que recebes ocasionalmente um golpe afetuoso do Rüdiger [risos], mas os outros sorriem e ficam felizes por ti.»

O primeiro título conquistado no Real Madrid foi a Supertaça. Momento especial, que descreve desta forma: «Foi um momento muito bonito, estou muito orgulhoso. Não é fácil ir à Arábia Saudita no meio da temporada e depois das férias de inverno. Jogámos contra duas equipas impressionantes. Acho que dominámos o primeiro jogo e tivemos azar de ter ido para o prolongamento, mas mais uma vez a equipa mostrou caráter. O Vini foi magnífico e o Rodrygo brilhante. Toda a equipa foi brutal. Conquistei o meu primeiro título e foi um momento muito importante.»

Numa conversa franca, Bellingham falou também do homem que é, do ser humano que não deixou de ser por assinar pelo Real Madrid: «Sou a mesma pessoa nas entrevistas, em casa ou com amigos. Gosto de fazer piadas e rir, gosto de me divertir. Estou diante de uma magnífica oportunidade de fazer o que mais amo. Não há muitas pessoas no mundo que possam dizer o mesmo e agradeço o que estou a viver. Todos os dias me divirto com meus colegas, mas quando tenho de ficar sério, torno-me outra pessoa. Quando estou no balneário, sou apenas o profissional, apesar de gostar da companhia dos meus companheiros..»