«Não vou ser hipócrita, estes 26 pontos custaram-nos muito a conquistar»

Rui Borges, treinador do Moreirense, falou do bom momento da equipa, que ocupa o sexto lugar da Liga

O Moreirense e o Casa Pia fecham a 16.ª jornada da Liga, numa altura em que a formação da vila de Moreira de Cónegos ocupa o sexto lugar, a quatro pontos do Vitória de Guimarães, que empatou (1-1) em Braga. O jogo está agendado para as 20h15 desta segunda-feira.

«O Moreirense vai ser a equipa que tem sido até ao momento. Competente e equilibrado em todos os momentos. Queremos ser dominantes, quando assim não é, é por mérito do adversário. Queremos ser uma equipa comprometida, bastante intensa em termos de processo defensivo, timing e pressão. A nossa ideia de jogo não vai mudar. Ano novo, a mesma vida. Vamos encontrar um adversário com qualidade individual, dinâmica, com treinador novo e que mantém a ideia que trazia do Filipe (Martins). Espero, por isso, um jogo difícil e competitivo. Vai ser um jogo difícil, respeitando o adversário», começou por dizer Rui Borges, em conferência de antevisão.

O treinador do Moreirense está ciente das dificuldades para a segunda volta – ainda faltam dois jogos para completar o ciclo – mas fez questão de sublinhar o «comportamento fantástico» dos seus jogadores ao longo das 15 jornadas disputadas.

«Acho que a equipa tem tido um comportamento fantástico, estamos a fazer uma primeira volta muito boa e competente, não vou negar, mas no fim é que falaremos. Não vou ser hipócrita, estes 26 pontos custaram-nos muito a conquistar. Agora, na segunda metade as dificuldades vão ser maiores, mas não apaga o que temos feito até ao momento. O trabalho tem acompanhado a ambição e temos de continuar a demonstrá-lo».

A formação de Moreira de Cónegos recebe o Casa Pia (12.º lugar) após uma série de dez jogos sem perder, mas Rui Borges não se quer «iludir» e que «dar uma demonstração de que não é sorte».

«É logico que dá alento, não vou ser hipócrita. Para uma equipa média da Liga isso é difícil de acontecer, mas tivemos a capacidade de o conseguir. Temos três derrotas e foram contra as equipas ‘grandes’ – FC Porto, Sporting e SC Braga – e isso dá-nos mais vontade de continuar a trabalhar. Temos sido competentes, vamos passar por fases, não me iludo quando estou sem perder há 10 jogos. Tento ser muito equilibrado e feliz pelo trajeto mas o que vem pela frente vai dar muito trabalho. Temos de dar uma demonstração de que não é sorte».