CROMO DO EURO Não era bom e trabalhou num supermercado, mas chegou ao Liverpool e à seleção
Andrew Robertson não singrou no Celtic. Hoje joga no Liverpool e bate recordes como capitão da Escócia
Andrew Robertson cresceu numa família de adeptos do Celtic, em Glasgow, e tinha o sonho de jogar pelo clube do coração. No entanto, aos 15 anos, ouviu o que nenhum jovem gosta de ouvir: disseram-lhe que não era suficientemente bom e foi dispensado.
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Sem desistir do futebol, mudou-se para os amadores do Queen’s Park e o que ganhava servia apenas para pagar as deslocações. Por isso, engoliu o orgulho e começou a trabalhar em part-time numa cadeia de supermercados.
«Tinha acabado de fazer 18 anos quando aceitei aquele emprego. Eu ainda estava na escola. Era Natal, eles estavam a contratar pessoal temporário. Eu era um deles. Eu gostei, para ser sincero! Quando olho para trás, sinto que foi muito bom», afirmou, numa entrevista ao Daily Mail em 2018.
«Nunca pensei: estou a desistir [do futebol]. Não existe um caminho fácil para chegar ao topo», resumiu Andy Robertson. E assim foi.
Na carreira do lateral-esquerdo, seguiram-se Dundee United, Hull City e Liverpool – onde conquistou a Premier League e Liga dos Campeões.
No último amigável da Escócia antes do Euro 2024, bateu o recorde de maior número de jogos como capitão da seleção: 49.
«Ser capitão da Escócia já foi um sonho tornado realidade. Superar o recorde estabelecido pelo grande George Young é surreal», escreveu, depois, nas redes sociais.
A Escócia estreia-se esta sexta-feira no Campeonato da Europa jogado na Alemanha, precisamente contra a seleção anfitriã.
Este artigo partiu do perfil de Andrew Robertson que A BOLA publicou no âmbito da Guardian Experts’ Network, uma rede de troca de conteúdos liderada pelo conceituado jornal inglês, e que inclui meios de comunicação social de vários países representados no torneio.