Manchester City passa em Londres e tem uma mão no título
Dois golos de Haaland valeram três pontos ao Man. City (IMAGO)
Foto: IMAGO

Manchester City passa em Londres e tem uma mão no título

Dois golos de Haaland aliados a enorme momento de Ortega valem três pontos frente ao Tottenham

O Manchester City caminha a passos largos para ser campeão inglês. Com um bis de Haaland, os citizens bateram o Tottenham por 2-0 e, a uma jornada do fim, assumiram o primeiro lugar da Premier League.

Jogo do título. Foi assim que Pep Guardiola definiu esta partida. Não ganhar em Londres era sinónimo de ficar atrás do Arsenal a uma jornada do final da Premier League. Em busca do inédito tetracampeonato, o espanhol apostou em Bernardo Silva e Rúben Dias como titulares. Do outro lado, a lutar pela Liga dos Campeões, Ange Postecoglou apostou num meio-campo mais reforçado, com Son e Brennan Johnson bem encostados às linhas, a conduzir os ataques.

Foi do miolo do Tottenham que surgiu a única grande chance dos spurs na primeira parte, dos pés de Bentancur, para defesa de Ederson. Do outro lado, Vicario brilhava, ao corrigir erro clamoroso de Hojbjerg, que deixou Foden isolado na cara do italiano. Em cima do intervalo, foi Dragusin que, no sítio certo à hora certa, impediu golo certo a Bernardo Silva.

A primeira parte foi marcada pelo maior controlo do Manchester City, sobretudo no centro, que o Tottenham tentava explorar através de ataques rápidos pelas alas. Chegava o intervalo, mais aproveitado pelo City.

O ímpeto com que os skyblues entraram em campo contrastava com o nervosismo dos pupilos de Postecoglou, que pouco conseguiam segurar a bola. Logo nos primeiros minutos, Hojbjerg voltou a perder a bola em zona proibida e Kevin De Bruyne obrigou Vicario a grande intervenção.

Aos 52 minutos, o Manchester City colocou uma mão na Liga Inglesa: Bernardo serviu De Bruyne e o belga cruzou para Haaland, que marcou um golo tão fácil como importante para as aspirações da equipa. 112 assistências para De Bruyne na Premier League, o segundo com mais passes para golo na história da prova, agora à frente de Cesc Fabregàs e ainda a 50 de Ryan Giggs.

Em desvantagem, o Tottenham precisava de algo novo. O sacrificado Bentancur - que saiu extrema e visivelmente desagradado - deu lugar a Kulusevski, que permitiu ao Tottenham assumir uma configuração que lhe é mais típica, com uma referência mais avançada e Maddison mais solto. Do outro lado surgiam substituições, porém, de certa maneira, forçadas: choques de Sarr e Romero com De Bruyne e Ederson levaram à saída de ambos em poucos minutos.

Apesar dos pouco mais de 20 minutos que Ortega teve em campo, foi um autêntico protagonista.Parou duas chances de Kulusevski e, aos 86’, foi herói ao impedir Son de fazer um golo cantado.

A estrelinha de campeão sentia-se em Londres, mas não do lado do Arsenal: estava, em vez disso, a caminho de Manchester, com viagem confirmada para o norte de Inglaterra já em cima dos 90’: Doku caiu na área, Haaland assumiu e não falhou.

Pela primeira vez, o Manchester City venceu na nova casa do Tottenham. A vitória surgiu, provavelmente, no mais importante e necessário de todos os jogos já aqui disputados entre ambas as equipas. Os grandes conjuntos aparecem nestes momentos, de que se fazem campeões. E, por causa de Pep Guardiola, este coletivo tem vindo a mostrar que é, de facto, enorme. São cinco títulos já conquistados em sete épocas e, agora, parece estar a chegar o sexto. Pela primeira vez, parece que vamos ter tetracampeão em Inglaterra.

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