Rio Ave Luís Freire aponta ao regresso aos triunfos
Apesar da derrota recente com o FC Porto, Luís Freire encara o desafio com o FC Porto com otimismo, pois, refere, o Rio Ave teve um comportamento digno com os dragões e esteve a ganhar até aos 90 minutos, havendo depois uma desatenção que foi fatal nos dois golos. Quer manter a bitola exibicional da equipa e regressar aos triunfos diante dos ‘gansos’.
-- Como correu a semana de trabalho e as sensações após a derrota com o FC Porto?
-- Foi uma semana curta de trabalho. Isso também ajuda a focarmo-nos no próximo jogo, não temos alternativa. Em relação ao que aconteceu na semana, temos de perceber o que fizemos de bem e fizemos muita coisa bem para estar aos 90 minutos a ganhar ao FC Porto. Manter o que está bem, como uma pressão agressiva ao adversário. Estivemos bem, defensivamente competentes, queremos essa estabilidade, essa capacidade de ser uma equipa comprometida, resiliente e com capacidade de defensivamente ser agressivos. Temos de ser reativos à perda, porque o Casa Pia tem uma equipa boa no contra-ataque, jogadores que desequilibram. Será um jogo de duelos e vamos ter de estar à altura. Portanto, foi transferir o que fizemos bem para este jogo e para as características da equipa do Casa Pia, sendo que ofensivamente queremos fazer melhor. O Casa Pia defende bem, tem sempre uma equipa bem organizada, nós temos de estar cientes do nosso jogo ofensivo e dar respostas. No fundo, a semana foi sair do FC Porto, entrar no Casa Pia. Estamos bem motivados pelo que fizemos bem e agora é ir à procura dos pontos que não conseguimos. Queremos ter pontos e é preciso todos estarmos muito conscientes do que vai ser o jogo e ter o foco até aos 100 minutos. E vamos estar totalmente focados. Aprendemos a estar ainda mais focados a acabar o jogo.
-- A equipa vai continuar a exibir-se com uma pressão alta?
-- Nós fazemos a pressão sempre assim. Recuperámos 45 bolas ao FC Porto, no Chaves tivemos 75 por cento de posse de bola, porque pressionámos alto. No Estoril, não me lembro de o Estoril quase chegar à nossa baliza na primeira parte. No ano passado também fazíamos muitas vezes. É uma característica nossa, trabalhámos assim. Treinámos assim para jogar assim. Este jogo com o FC Porto em três anos foi em que corremos mais distância. Jogo de alta intensidade. No entanto, perdemos o jogo nos cantos rápidos. Num canto e num penálti. Foi mais na cabeça do que físico e foi dos jogadores até que entraram. Foram pequenos pormenores na concentração do que na área física. Aí estamos monstros.
-- É importante conquistar o máximo de pontos logo a abrir o campeonato?
-- São sempre importantes. Quando digo isso é uma maneira de dizer. No final decide-se tudo, no início constrói-se tudo. Estamos numa fase de construir alternativas. Temos muita gente que está a integrar, como o Magrão, que está a fazer os primeiros jogos, o Ventura, que entrou e está a começar, e temos uma construção para se fazer de arranjar alternativas e alternativas dentro do pano de jogo. Este plantel, com algumas lesões, castigos obriga a arranjar alternativas. Os pontos são sempre bem-vindos. Claro que numa fase mais decisiva vão ser mais importantes, mas são sempre. Queremos ganhar estes 3 pontos. Temos é de estar focados no que controlamos. Controlamos a atitude, a pressão, os posicionamentos. Isso está nas nossas mãos. Mas se a bola vai entrar ou bater dentro ou fora da rede, não. Controlamos o que fazemos, com bola, sem bola, nas atitudes, no comportamento. Temos de estar sempre altos. As equipas que ganham menos vezes têm de se focar mais no que controlam, no que está nas suas mãos. Os resultados vão aparecer se estivermos sempre top nisto. Claro que os pontos são tão importantes no início e no fim, mas no final se calhar a importância dos jogos é maior. Queremos ganhar pontos e pontuar já amanhã.
-- A paragem do campeonato surge numa boa altura?
-- O nosso objetivo é a permanência. Quanto mais rápido a atingirmos, melhor. Com paragens, sem paragens. Queremos ganhar porque a seguir temos essa semana de paragem também e não vamos dar logo resposta se não ganharmos. Mas primeiro que tudo é estarmos à altura do que fizemos aqui com o FC Porto. Se conseguirmos fazer isso, e é um grande desafio, estaremos mais perto de levar pontos e ficar contentes.
-- Conta perder alguém até ao fecho do mercado?
-- Conto manter os jogadores, mas até às 24h está aberto. Imagine que chega uma proposta milionária... Está entregue à Direção, estamos todos em sintonia. Estou tranquilo, quero é os jogadores focados no jogo de amanhã. Até ao limite. Não controlamos tudo, mas queremos mantê-los.
-- Quer comentário lhe merecem os erros das arbitragens e queixas sucessivas dos clubes?
-- Não vou alimentar essas polémicas. Falarei quando achar que tenho de falar. Neste caso para defesa em relação ao que senti à minha equipa. Em contrapartida, darei os parabéns, como fiz no final do jogo o Estoril e o Iancu Vasilica sabe que o fiz, mesmo perdendo 2-0. Quando não achar que foi uma boa arbitragem, sem ofender ninguém, sem meter em causa a seriedade dos intervenientes, falarei, tal como se achar que foi uma arbitragem darei os parabéns, disse o técnico do Rio Ave.