Lucho recorda passagem pelo FC Porto: «Sugeriram-me escrever um livro»
Lucho González no podcast de Juan Pablo Varsky

Lucho recorda passagem pelo FC Porto: «Sugeriram-me escrever um livro»

NACIONAL11.09.202418:37

O argentino, já retirado das competições, recordou as duas passagens pelo Estádio do Dragão e partilhou algumas histórias

Lucho González, antigo capitão do FC Porto, participou recentemente no podcast Clank apresentado por Juan Pablo Varsky. Durante a entrevista, o ex-jogador, agora com 43 anos, refletiu sobre a sua trajetória no Dragão e partilhou algumas histórias memoráveis.

«Quando cheguei ao FC Porto, sugeriram-me que escrevesse um livro sobre a minha experiência. Perguntei: ‘Sobre o quê?’ Acabei por decidir não o fazer. Prefiro guardar esses momentos inesquecíveis para mim», afirmou, revelando o seu desejo de manter essas memórias pessoais.

Lucho, que passou pelo Dragão em duas ocasiões (2005-2009 e 2011-2013) foi confrontado com uma lista de craques com quem partilhou relvado, como Ricardo Quaresma, Lisandro López, Mascherano, Otamendi, Pepe, James Rodríguez, Carlos Tevez, Riquelme, Aimar e Messi. Lucho expressou o seu orgulho.

«Sinto-me um privilegiado por ter jogado ao lado de tantos grandes talentos. Sempre encarei isso com naturalidade. Se hoje em dia assisto a um jogo da liga do Qatar, é porque conheço os jogadores e os momentos que vivi.»

Sobre a sua chegada ao FC Porto, Lucho destacou a importância da sua transferência para o futebol português.

«Quando saí do River Plate para o FC Porto, Portugal não era uma referência para os jogadores argentinos, que geralmente iam para Espanha ou Itália. Fui questionado se a mudança poderia afectar o meu lugar na seleção, mas respondi que não e tudo correu naturalmente.»

O antigo capitão também falou sobre a sua experiência no Marselha, referindo que viveu algo único no sul de França.

«Os adeptos são muito semelhantes aos argentinos. Havia uma pessoa que me entregava fotos do Che Guevara todos os dias. Um dia, tive de explicar que sabia quem era Che Guevara, mas que não gostava dele e não queria mais fotos», aproveitando para elogiar Marcelo Bielsa como o melhor treinador que teve, destacando a sua capacidade de ensinar a jogar sem a bola.

«Bielsa foi o melhor treinador que tive. Ele me ensinou a importância de jogar sem a bola, algo que foi fundamental para a minha evolução.»

Finalmente, Lucho revelou que nunca conseguiu assistir ao jogo em que a Argentina foi eliminada do Mundial de 2006, um episódio que ainda lhe é «doloroso».