Entrevista Leonardo Lelo (Casa Pia) fala da cobiça que desperta no mercado
Em entrevista a A BOLA, Leonardo Lelo abordou rumor sobre o interesse do Galatasaray e também do futuro; declarou total compromisso com o clube lisboeta, no qual se aproxima dos 100 jogos oficiais
As duas primeiras épocas na Liga do lateral esquerdo são marcadas pela regularidade. Esta é a qualidade que mais se destaca no internacional sub-21, que não esconde o sonho de chegar à Seleção A. Para já, há que somar pontos para colocar o Casa Pia numa posição tranquila. Quanto ao mercado, garante que ainda não há propostas concretas.
Terminou a época passada como indiscutível no Casa Pia e, esta temporada, consolidou esse estatuto. Transitou com naturalidade entre uma e outra época?
Sim, acho que é isso mesmo. Na época passada fiz um elevado número de jogos e este ano estou pelo mesmo caminho, mas acho que isso é muito de mim, não sou um jogador que sofra muitas lesões, nunca tive uma lesão muito grave. No ano passado tive uma de cerca de dois meses mas foi a única, nunca tinha tido nada antes e então acho que isso também me ajuda, também por ser jovem e estar em boas condições físicas.
Está muito perto dos 100 jogos pelo Casa Pia – soma 92…
Será um marco importante para mim. Sinto-me em boas condições, preparo-me bem, a 100% ou até mais, como costumamos dizer, e é o mister quem escolhe.
Apesar de ser ainda muito jovem, já tinha tido outras experiências a jogar numa defesa a quatro. Foi importante para recordar referências?
Sim, claro que sim, no passado já tinha jogado nesta posição e neste sistema tático, numa linha de quatro. Claro que agora estive muitos anos a jogar numa linha de cinco, mas nunca nos esquecemos, há sempre comportamentos de que não nos esquecemos e há outros que até são iguais, tanto numa linha como noutra, por isso acho que não é muito difícil, basta o jogador estar sempre concentrado tanto numa como noutra e as coisas irão sair bem. Acho que a concentração é a base de tudo, em qualquer sistema.
Uma vitória sobre o Famalicão, este sábado, pode permitir ao Casa Pia chegar ao 7.º lugar, uma derrota pode deixá-lo perto dos lugares de despromoção. Como se enfrenta esse equilíbrio?
Este tem sido um campeonato equilibrado, quem olha para a classificação vê que isto está…tanto uma vitória nos mete lá em cima como uma derrota nos mete lá em baixo. Entramos para cada jogo à procura dos três pontos, mas também temos de saber que é muito importante pontuar e sempre que não dá para ganhar, é muito importante pontuar neste campeonato. Às vezes basta um empate, um ponto consegue pôr-nos cinco posições acima, como esse ponto a menos nos consegue colocar na zona de despromoção…
O seu nome tem sido apontado como possível reforço para o Galatasaray. É uma opção exequível ou não passa de um rumor de mercado?
Neste momento, que eu saiba é só um rumor, porque da parte do meu empresário não me chegou nada, acredito que seja apenas isso. Mas é claro que estamos a falar de um grande clube, que joga competições europeias, que jogou Liga dos Campeões…então, estamos a falar de um nível bastante alto e claro que, a ser verdade, seria algo a considerar, mas não me chegou nada e por isso continuo focado no Casa Pia.
Já é internacional sub-21 e continua a desenvolver-se como um dos melhores esquerdinos do nosso campeonato; chegar à Seleção A é um objetivo?
Esse é o meu sonho, chegar à Seleção A. Tenho muito por onde crescer, não é?, mas também acho que me vai dar muito no mais alto nível e depois a experiência é algo que se vai ganhando com o tempo, por isso espero um dia concretizar este sonho. Se não for possível, pelo menos vou ficar de consciência tranquila, porque sei que vou dar o máximo de mim para poder lá chegar.