Lautaro Martínez dá a Copa América à Argentina
Lautaro Martínez, como tantas vezes neste torneio, decidiu. (X/@CopaAmerica)

Lautaro Martínez dá a Copa América à Argentina

Golo solitário de 'El Toro' no prolongamento deu a vitória à albiceleste, que ficou, desde os 66', sem Messi

É da Argentina! A albiceleste tornou-se 16 vezes vencedora da Copa América, ao bater a Colômbia por 1-0 na final.

Falar desta final da Copa América não é possível sem referir o culminar da desorganização que se tem sentido ao longo do torneio. Centenas de adeptos colombianos tentaram forçar a entrada no estádio sem bilhete. O caos tomou conta dos arredores do Estádio Hard Rock, em Miami, e foi preciso haver intervenção policial. Resultado: o jogo, que devia começar às 20 horas locais - mais cinco em Portugal - começou quase com... hora e meia de atraso.

Na primeira parte, a Argentina entrou mais forte, mas depressa conseguiu a Colômbia estabelecer-se no meio-campo adversário. As oportunidades de perigo foram, porém, escassas, ainda que Vargas e Emiliano Martínez tenham mostrado tranquilidade.

Depois de um intervalo alargado, para exibição de Shakira, as equipas entraram com mais energia e vontade de desatar o 0-0. Foi Santiago Arias que ameaçou primeiro e, do outro lado, Di María e Mac Allister obrigaram a grandes defesas de Vargas.

Corria-se a passos largos para o minuto 66, momento capital do encontro: uma entrada de Santiago Arias sobre Lionel Messi veio a ganhar efeitos e o extremo teve de ser substituído. O astro argentino ficou inconsolável após esse momento.

Já sem Messi, a Argentina ainda marcou, mas com Tagliafico em fora de jogo. Foi a Colômbia que apertou o cerco e tudo fez para chegar à vantagem, ainda que apenas por escassos minutos e, do lado argentino, Nico González apareceu nos sítios certos, mas não conseguiu finalizar. Após quatro minutos de compensação, manteve-se o 0-0, que obrigou a prolongamento.

No tempo extra, entrou Lautaro Martínez, que viria a ser decisivo. O melhor jogador da última Serie A foi para campo e mostrou o porquê de ser o melhor jogador desta prova. Ao minuto 112, já na segunda parte, decidiu: ao contrário de todos os outros antes dele, na cara do golo, não desperdiçou.

O golo tornou a partida num jogo de sofrimento: a Colômbia lutava contra o tempo, a Argentina batia-se contra o esgotamento físico, que se intensifica sobretudo para quem não tem bola. Mas no final, o sofrimento argentino valeu a pena: a Colômbia não conseguiu derrubar a muralha adversária e, pela 16.ª vez, a Argentina tornou-se vencedora da Copa América.

Após tantos anos do brilho de Messi, que tanto deu à Argentina, foram os seus colegas que, desta vez, fizeram pelo astro. Um momento de retribuição, porventura, que culminou com mais um momento especial na história da albiceleste. Há quem diga que o difícil não é chegar ao topo, mas sim manter-se lá. Pois bem: pelo terceiro torneio consecutivo, a Argentina está no topo do futebol.

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