Em conferência de imprensa, o treinador do FC Porto fez o balanço da partida com o Gi Vicente, que terminou com uma derrota por 3-1
Vítor Bruno analisou, em conferência de imprensa, a derrota do FC Porto em Barcelos, frente ao Gil Vicente, por 1-3, na 18.ª jornada da Liga.
Como explica a terceira derrota seguida e o que faltou?
Faltou marcar mais golos que o adversário. Para se ganhar tem de se marcar mais golos que o adversário. Foi o que faltou. O adversário na primeira abordagem faz um golo, apanha-se a ganhar. Temos volume na primeira parte, mas sem criar grande perigo. Faltou-nos o último passe, quando entrou, não fomos acutilantes o suficiente para pôr a bola dentro da baliza. Uma entrada forte na segunda parte, de uma equipa que quer virar o jogo, que se atira ao jogo, faz o golo do empate e passado três ou quatro minutos sofre o segundo golo. Senti que a equipa caiu. Não foi por falta de entrega ao jogo na segunda parte. A equipa faz o 2-2, que é revertido num lance estranho, mas que não vou questionar. Com o 3-1, o jogo acaba por fechar.
Treinador dos dragões justificou ausência do brasileiro e deixa uma certeza quanto ao futuro. «Quando sentir que faço parte do problema serei o primeiro a dizê-lo. Neste momento sou parte da solução», assumiu
Golo sofrido de canto, autoexclusão de Pepê e substituição de Galeno ao intervalo
O plantel é feito de vários jogadores e o treinador tem de tomar decisões, analisar rendimento. Foi o que aconteceu com o Galeno. Em relação ao golo de canto, aconteceu na Choupana e agora. O Rúben Fernandes faz o primeiro desvio, o adversário direto que está com ele está perto, o Danny [Namaso] está perto do Josué, depois é uma questão de segunda bola. Temos de estar mais metidos e perceber que cada lance pode fazer a diferença no jogo e são detalhes que acabam por definir quem ganha. Este foi um caso destes, claramente detalhe.
Nico expulso, Samu de cabeça perdida e a crescente contestação dos adeptos
Os adeptos manifestam-se e têm de o fazer. Quando eu sentir que não tenho condições sou o primeiro a dizê-lo. Enquanto sentir que sou parte da solução e não parte do problema, o assunto está encerrado. Em relação ao Nico e Samu, muitas vezes na impossibilidade de uns aparece a oportunidade de outros. Vão aparecer outros a jogar. Às vezes há momentos na época que são determinantes e é quem for a jogo aproveitar o momento que lhes for destinado.
O que faltou em termos táticos?
Nesta fase, e há sempre fases em que os clubes passam por estes momentos, o que sentimos é que o adversário capitaliza tudo o que cria. O canto não é um lance de golo claro. É um primeiro desvio, uma segunda bola ao segundo poste. A equipa vai tentando, é verdade que não da melhor forma muitas vezes, também fruto do momento. Uma pessoa não consegue dissociar aquilo que é o momento atual daquilo que se vai passando durante o jogo. A equipa neste momento está a sofrer com pequenos detalhes. A equipa faz o 2-2… já aconteceu em Famalicão e aconteceu agora, tem caído tudo para o outro lado. São fases, é verdade que temos de fazer muitos mais para poder reverter esta fase. Esse é o caminho, trabalhar e seguirmos juntos na caminhada.
FC Porto perdeu em Barcelos