José Mota considera que «saiu a sorte grande» ao Moreirense
José Mota não somou qualquer ponto ao serviço dos algarvios esta época
Foto: IMAGO

Farense-Moreirense, 1-2 José Mota considera que «saiu a sorte grande» ao Moreirense

NACIONAL11.08.202421:25

Treinador do Farense na sala de imprensa do Estádio São Luís, após a derrota (1-2) da sua equipa frente ao Moreirense.

José Mota, treinador do Farense, deu os parabéns ao Moreirense pela vitória em Faro, mas considera que aos cónegos saiu a «sorte grande». «Acabam por ser os pormenores que resolvem os jogos. Os detalhes, aqueles momentos em que tem de existir concentração no limite. Nós não entrámos bem no jogo, ao contrário do que eu pensava. Não disputámos os duelos, o adversário teve sempre espaço e tempo para pensar e tomaram conta do jogo, sem criar perigo, mas foram obrigando o Farense a recuar. De uma dessas situações, acontece um livre e aparece o primeiro erro», começou por afirmar na sala de imprensa do São Luís.

«Eu, como treinador, tenho de ser o responsável e admitir que não estivemos preparados para aquele lance. Sempre fomos uma equipa rigorosa em épocas transatas nesse tipo de lances, em bolas paradas, mas o Maracás, com mérito, mas totalmente livre de marcação e com tempo para tudo, acaba por fazer o golo. Percebemos outro aspeto para que não estávamos preparados: o Moreirense, quando está a ganhar, tem a virtude de saber defender, de perceber as fases de jogo, com jogadores muito experientes, em termos defensivos e não só. A vencer, conseguiu manietar o nosso jogo e os nossos movimentos nos corredores. Tivemos pouca preponderância naquilo em que costumamos ser fortes, nas transições também», continuou.

«Na segunda parte, fomos mais agressivos, também com as alterações produzidas, tivemos mais dinâmica, mais espaço, obrigámos o adversário a recuar, fizemos um golo e, quando estávamos no nosso melhor período, acabámos por sofrer mais um golo, que eu penso que não pode acontecer, porque tivemos quatro vezes a situação controlada, quatro vezes tivemos a bola, e em quatro vezes ganharam ressaltos e acabaram por fazer o golo. É verdade que o adversário não estava a fazer absolutamente nada que não seja tentar o empate, acaba por lhe sair a sorte grande, proporcionando este golo, onde também tivemos responsabilidades», terminou a análise ao jogo.

Rivaldo, jovem jogador de 23 anos que na última época jogou no Oliveira do Hospital emprestado pelo Farense, estreou-se na Liga e o treinador apreciou a prestação do lateral direito: «Muito bem. Eu vou ser sincero: estava à espera que ele fizesse este jogo porque estou a gostar muito do trabalho do Rivaldo. Se tivesse de eleger um jogador da minha equipa, era ele que escolhia. O Rivaldo está lá dentro porque merece. Eu tenho de ser justo e essa minha justiça diz que, quem trabalha bem, quem faz pela vida, quem dá ao chinelo, merece ir lá para dentro. O Rivaldo fez um belíssimo jogo e merecia outro resultado sem dúvida.»