Jorge Simão: «Nem nos matraquilhos há jogos fáceis»
Jorge Simão, treinador do Boavista (foto: Boavista fC)

Jorge Simão: «Nem nos matraquilhos há jogos fáceis»

NACIONAL03.05.202413:07

Treinador do Boavista antevê desafio complicado frente ao um Gil Vicente que também quer arrumar as contas da permanência

Jorge Simão fez esta sexta-feira a antevisão à partida do Boavista frente ao Gil Vicente, sábado, às 15.30 horas, no Estádio do Bessa. O técnico do Boavista não vai ter nem Bozenik nem Bruno Onyemaechi, lesionados, e Chidozie, castigado.

«O que espero do jogo contra o Gil? Ganhar. Ainda estará por nascer o treinador que venha dizer que um jogo vai ser fácil. Não existe isso. Em competição, já não digo em alta competição, em qualquer competição, mesmo nos matraquilhos se estiver a jogar com o meu filho, há sempre dificuldades, porque ambos queremos ganhar. Isto é que é a competição. E se há um resultado que às vezes acontece, estou-me a lembrar às vezes dos resultados completamente fora da caixa que acontecem no futebol de formação de 22 a 0, é porque os quadros competitivos estão mal feitos. Quando temos um nível de competição em alta competição, volto a dizê-lo, não há facilidades», expôs o treinador do Boavista.

«Todos os jogos têm extremas dificuldades e se os jogadores não se apresentarem no seu melhor registo, no máximo das capacidades, e depois juntando isto para que funcione como uma equipa, obviamente que a nossa tarefa será mais difícil se assim não o fizermos. Portanto, que dificuldades? Muitas», deixa o alerta. 

Em Guimarães, o Boavista teve uma segunda parte bem conseguida, apesar da expulsão de Chidozie aos 60’: «Volto ao mesmo, está para nascer o treinador que depois de passar por um jogo daqueles com uma primeira parte assim, e a segunda de outra forma, venha dizer que não quer aquela atitude. Claro que quero. Mas deixem-me só aqui tocar num ponto que tem a ver com isto. Parece que fizemos aquela segunda parte porque os jogadores tiveram uma atitude diferente, mas não. Na primeira parte também tiveram muita atitude. Um jogo pressupõe pelo menos a existência de duas equipas e às vezes aquilo que é a nossa intenção de fazer, os comportamentos que temos a intenção de fazer ou de sermos rigorosos no cumprimento dessas ações, tem do outro lado também um adversário que procura fazer outras coisas e que nos coloca dificuldades. Acho que tem muito a ver também com os estados emocionais que se vão vivendo no decurso do jogo. Se conseguíssemos jogar sempre naquele registo, sempre ter superioridade sobre o adversário, como treinador, estaria encantado a vida.»

O Estádio do Bessa vai receber nova enchente, tal como aconteceu na partida de estreia de Jorge Simão contra o Estrela da Amadora: «Nós jogamos para os nossos adeptos e para as pessoas que gostam de nós. Deu-me aqui um instantâneo dos tempos da pandemia, numa altura em que jogávamos com estádios vazios, e para mim é um terrível, foi um período terrível, por não haver adeptos nos estádios. Sentirmos uma envolvência de milhares de pessoas a puxar para nós, e estes adeptos do Boavista são adeptos que se fazem sentir, o estádio é fantástico nisso, tem uma acústica incrível, e obviamente que os jogadores sentem isto. O calor que pode vir das bancadas, acredito que sim, que vai ajudar-nos a atingir aquilo que procuramos, que é ganhar.»