Jorge Braz garante: «Há jovens jogadores qualificados, em número e em qualidade»
Jorge Braz /Miguel Nunes

ENTREVISTA A BOLA Jorge Braz garante: «Há jovens jogadores qualificados, em número e em qualidade»

FUTSAL10.09.202411:20

Nesta segunda parte da entrevista, selecionador nacional fala no papel de João Matos e Bruno Coelho na equipa antes da participação no Campeonato do Mundo, entre 14 de setembro e 6 de outubro. Sem receios no futuro do futsal nacional

— Há nomes que ainda se mantém, como o Bruno Coelho e o João Matos. Qual é a importância destes dois 'veteranos' na equipa?

— Se juventude e irreverência são importante, experiência e maturidade também o são por relembrarem do que estamos aqui a fazer. Todos são importantes e mais importante é perceber que haverá mais momentos para uns e mais momentos para outros, sempre. Quando entendemos isso, a equipa é muito forte. Como eles dizem: todos juntos.

— Sente que poderá ser a última competição do Bruno e do João, curiosamente, os capitães de equipa?

— O futuro logo se vê, depende do percurso. Não gosto nada de olhar para aí, só penso até dia 7 de outubro. Depois, vai haver uma qualificação para o Europeu. O momento mais importante da carreira deles, neste momento, é o campeonato do mundo e vivendo isto bem, a seguir vão ser felizes e ter oportunidades em clubes.

Jorge Braz: «Só me voltam a ver a 7 de outubro»

10 setembro 2024, 11:00

Jorge Braz: «Só me voltam a ver a 7 de outubro»

Selecionador nacional revela a promessa feita à família, antes da participação no Campeonato do Mundo, no Uzbequistão, entre 14 de setembro e 6 de outubro, do qual Portugal é o atual detentor do título. Refere que o passado vitorioso — que incluiu ainda o bicampeonato europeu e a Finalíssima — não chega e assume o objetivo de chegar ao final da prova. E explica  as escolhas finais na convocatória.

— Considera ter o perfil mais adequado para dirigir uma seleção do que propriamente um clube?

— Andei uns anos nos clubes, mas, do ponto do currículo, não correu muito bem. São contextos diferentes. Os três anos na Fundação Jorge Antunes foi algo que me obrigou muito a crescer. Foram épocas desportivas fantásticas em termos de trabalho e adorei. Agora, são muitos anos a viver a seleção nacional, que é diferente. Eu não sou apenas treinador da seleção A. Temos nove seleções jovens, dois centros de treino e temos de coordenar tudo isto. Todas as semanas estamos em treino. Aqui, é pequenos momentos para jogar, no clube é de uma forma mais sequencial. Sinto-me muito bem no espaço de seleção, olhar para o crescimento, coordenar todo o processo. Lembro-me do Zicky no sub-15 de interassociações, que é fabuloso. Lembro-me do Lúcio, do primeiro interassociação do André Coelho. Viver, contribuir para o crescimento dos jogadores e jogadoras portuguesas é muito gratificante. Há muito trabalho a fazer aqui e sinto-me neste bem neste espaço.

Que futuro tem o futsal português?

— Quando a malta estava preocupada com o fim do Ricardinho, eu dizia que com o trabalho a ser feito, o futuro estava garantido. Temos de continuar a proporcionar oportunidades aos nossos meninos e meninas e qualificá-los. Todo este trabalho tem permitido que haja mais jovens jogadores qualificados, em número e em qualidade. Isso vai garantir, parece-me, que estejamos nos campeonatos do mundo, nos europeus, na Liga de campeões de clubes para chegar ao fim, para discutir títulos. No entanto, não dá para parar, há muito mais trabalho a desenvolver e vamos ver as exigências futuras. Os portugueses e mesmo quem não conhece o futsal não têm de se preocupar muito, porque existirão seleções de futsal com qualidade e a chegar às decisões.

— Termina contrato em 2026…

—Só penso em chegar a Portugal no dia 7 de outubro, contente. Foco total é dirigido para o campeonato do mundo. Se formos felizes passo a passo, competição a competição, o futuro está garantido. Correndo bem mais esta grande competição, não estou minimamente preocupado com dois, três, quatro anos… Para onde for a seguir, vou ser feliz no futsal!

Definição dos jogadores numa palavra.

Em conversa com A BOLA, Jorge Braz participou na iniciativa de perguntas rápidas e caracterizou cada jogador presente na convocatória numa única palavra:

Guarda-redes:
Edu-Parede
André Correia-Agilidade

Fixos:
João Matos -Capitão
André Coelho-Fixo
Tomás Paçó-Força

Fixo/Ala: 
Afonso Jesus-Inteligência
Alas:
Pany Varela-Top
Bruno Coelho-Pensar
Kutchy-Irreverência
Lúcio Rocha-Verticalidade
Tiago Brito-Classe

Universal: 
Erick- O Melhor

Ala/Pivô:
Fábio Cecílio-Lateralidade

Pivô: 
Zicky Té-Golo