Jogou no Aves e com Vinícius Júnior, agora ganha 65 euros por jogo
Leandrinho era uma das promessas do Flamengo
A Geração 2000 do Flamengo é conhecida pelo que prometeu, com Vinícius Júnior como principal figura desta equipa de formação do emblema rublo-negro. A camisola 10, porém, pertencia a... Leandrinho.
Nome bem menos conhecido do quotidiano do desporto-rei, Leandrinho saiu com 18 anos do Flamengo e rumou ao Fremad Amager, da Dinamarca. Esteve na equipa sub-23 do Desportivo das Aves e no Cesarense, voltou ao Brasil e representou o Nova Venécia, da quinta divisão do Brasil. Agora, está sem clube e, diz, quer «sair do Brasil».
«Quando as pessoas perguntam por mim, até dizem 'bolas, tens um currículo tão bom, foste à Seleção, o que aconteceu? Estás lesionado?' Não. Tive um empresário, as coisas não correram bem e depois fui para outro, mas já se sabe como é, ter empresário é bom, mas alguns só estão para ganhar. Se não ganharem, viram as costas», começa por dizer, em entrevista à Globo, em que revelou que ganha 55 a 65 euros por jogo ao fim de semana. «A várzea [campeonatos amadores] está a dar muita coisa boa. Temos de fazer alguma coisa, o capital tem de entrar, não é? Só tenho a agradecer. Mas estou à espera de uma oportunidade, continuo a treinar, estou a cuidar-me», afirmou.
Diz Leandrinho que o nível a que Vinícius Jr. chegou não surpreende ninguém: «Podes falar com qualquer um daquela geração, todos sabiam que ele ia ser diferente. Era muito rápido, inteligente e nunca teve medo do 1 para 1. É diferenciado, foi o melhor com que joguei. Quando subiu à equipa principal, muitos disseram que não dava em nada, mas eu disse 'vai dar'. Depois as coisas foram acontecendo». Pelo contrário, Leandrinho nunca jogou pela equipa principal do Flamengo. «O Flamengo queria renovar, mas tomei a decisão de ir para fora, ia ajudar a minha família», confessou.
Apesar de continuar no meio, Leandrinho defende que, por vezes, o futebol é injusto. «Em certas coisas, eu acho que sim... Às vezes dedicas-te bastante e vês um colega que está mais relaxado, mas tem uma pessoa que tem voz mais ativa no clube. Ficas meio chateado, a ver a injustiça a acontecer. No campo, quem decide és tu, tens de estar focado, dar a vida e rezar muito a Deus. E ter sorte», concluiu.