João Pedro Sousa: «Primeira parte muito macia, pouco agressiva»
Treinador Famalicão lamentou a entrada em campo pouco conseguida da sua equipa; reconheceu o mérito no triunfo do Vitória.
A equipa entrou apática e sem conseguir criar perigo, tendo permitido muitas oportunidades ao Vitória. É assim que analisa o jogo?
- Primeira parte muito macia, pouco agressiva. O golo que sofremos num pontapé de baliza a nosso favor em que perdemos o duelo e essa foi a tal falta de agressividade que se estendeu a toda a primeira parte. Não percebemos o que o jogo estava a dar. Não conseguimos entrar nos espaços que sabíamos que tínhamos de explorar. Falta de confiança e agressividade deu uma primeira parte fraca. Demos muitas oportunidades ao Vitória que até podia ter feito mais golos. A segunda parte correu melhor, a explorar o corredor central com o espaço que sempre esteve lá e também com o jogo exterior a alimentar os avançados no último terço. Não permitimos o domínio que o Vitória teve na primeira parte. Permitimos apenas alguns contra-ataques. Infelizmente perdemos, mas pelo que não fizemos na primeira parte. Vir aqui sem intensidade e agressividade é meio caminho andado para não ganhar. Insatisfeito por isso, um pouco mais satisfeito com a procura do golo na segunda parte. Em alguns momentos da época aconteceu-nos isto. Segunda parte positiva e primeira negativa. Triunfo do Vitória não sofre contestação. A bola ao poste, 14.ª da época, infelizmente.
Repetiu a fórmula do último jogo, mas a equipa pareceu pouco entrosada. A mudança tática no final resultou melhor. Acha o mesmo?
- Não temos as coisas totalmente fechadas, temos dois sistemas e podemos alterar por um ou outro. As substituições no lado direito não alteraram o sistema, mas sim as dinâmicas, com diferentes características dos jogadores, em termos ofensivos procuramos maior elasticidade, com a alteração de comportamentos. Mudando o perfil dos jogadores podemos trazer coisas novas ao jogo. Claro que podemos melhorar, os jogadores sabem e nós também. Tentamos colocar jogadores mais junto do Cádiz que hoje foi o Danho e os dois médios que trabalham muito neste tipo de estrutura. O plantel que temos empurrou-nos para este sistema, no sentido de chegarmos mais vezes à baliza adversária, pois somos uma equipa ofensiva e nos momentos em que o fomos hoje voltou a falta de pontaria ou a pontaria a mais no poste.