Mundial Feminino-2023 Jéssica promete Seleção capaz e competente para atacar o Mundial
Jéssica Silva foi esta quarta-feira a porta-voz da Seleção Nacional, já em contagem decrescente para a estreia no Mundial, domingo, com os Países Baixos.
A avançada do Benfica afirma que as jogadoras, mais do que ansiosas, estão com muita vontade de começar a jogar.
— Não diria ansiedade, diria muita vontade. Têm sido muitos dias, já passou um mês e uma vez que a competição está mais próxima a vontade ainda está mais adoçada. Já faltam poucos dias, estamos preparadíssimas para o primeiro desafio e a aquilo que queremos mesmo é competir e jogar o primeiro jogo.
— O que pode Portugal fazer já neste primeiro desafio?
— Sabemos com quem estamos a jogar, respeitamos muito uma das melhores equipas do mundo, mas sabemos a nossa qualidade, o nosso valor, é por isso que aqui estamos e preparamo-nos da melhor forma para nos batermos com os Países Baixos.
— Pode identificar os maiores perigos da seleção neerlandesa?
— É uma seleção muito completa, desde a defesa ao ataque, tem jogadoras muito experientes, com muita qualidade, a jogar nas melhores equipas do mundo. Há as referências, as chamadas estrelas, sim, mas não consigo precisar só uma, porque no todo tem um coletivo incrível e por isso é que é uma das melhores seleções do mundo.
— Fez uma das melhores temporadas da carreira. Como chega a este Mundial? É um momento histórico para Portugal, mas também é para a Jéssica?
— É para Portugal, naturalmente que estar aqui me deixa muito feliz, mas foi um ano bom para Portugal e acaba por ser merecido estarmos aqui. Estou com muita vontade, estou muito feliz e não posso estar aqui a destacar a Jéssica quando estamos aqui 25 jogadoras, se calhar no momento mais alto das nossas carreiras, porque estamos do Mundial, estamos a representar o nosso País e isso é o mais importante.
— Mas olha-se para a Seleção e fala-se muito da Jéssica. Sente mais peso por isso?
— Não é um peso, consigo sentir que existem algumas expectativas de algumas pessoas ou de mais pessoas, mas normal, é algo que encaro com toda a naturalidade. Importante é estar no meu melhor nível para poder ajudar a equipa, para poder assistir as minhas colegas, para conseguir estar disponível para jogar, quer defensivamente, quer ofensivamente e eu quero estar no meu melhor para também ajudar Portugal a estar no seu melhor.
— Quais são as grandes preocupações que os Países Baixos encerram?
— É uma seleção com uma dinâmica incrível, uma das melhores a nível mundial. Não será a seleção que defrontámos no Europeu, tem um treinador novo, jogadoras num momento de forma incrível, acho que a maior dificuldade é travar essa dinâmica, mas estamo-nos a preparar e sabemos perfeitamente o que temos de fazer para contrariar isso.
— Trabalharam uma linha defensiva com três centrais. É possível que seja uma tática a usar já neste jogo?
— Por isso é que a trabalhámos. É claro que é possível, é mais uma forma em que podemos jogar. O professor ajudou-se a adquirir e a assimilar esse processo e está a completamente assimilado, portanto é mais uma forma que teremos para jogar.
— Como se gere emocionalmente um primeiro jogo tão importante e antes de um Vietname mais acessível e de um último jogo com as campeãs Estados Unidos?
— Agora não há Vietname nem Estados Unidos, só mesmo Países Baixos e nós temo-nos preparado para esse primeiro jogo, queremos muito fazer um bom resultado, é o nosso primeiro desafio e é nele que estamos focados.
— Agora que estão quase a começar, o Mundial ainda é um sonho ou já assentaram os pés na terra?
— Temos os pés na terra há já algumas semanas, temos trabalhado para estar realmente neste palco, sabemos que o sonho já não é só sonho, estamos aqui e temos de fazer o nosso trabalho e a verdade é que estamos capazes e sentimo-nos competentes para defrontar uma grande seleção.
— Como reagem à onda de apoio à Seleção?
— Sentimo-nos muito felizes. Não é a Seleção feminina que vai jogar, é Portugal que está na competição e isso deixa-nos também com algum conforto, deixa-nos felizes e orgulhosas por sentirmos que as pessoas estão connosco ainda que estejamos a mais de 20 mil quilómetros de casa. Não dá para banalizar toda esta onda de mensagens, de força. As pessoas estão com esse sentimento, isso dá-nos uma motivação adicional e agradecemos muito todo este apoio