Irá a chama espanhola derreter a glaciar Suécia?

Mundial Feminino-2023 Irá a chama espanhola derreter a glaciar Suécia?

INTERNACIONAL13.08.202323:40

Muito em jogo no Espanha-Suécia desta terça-feira, primeira semifinal do Campeonato do Mundo de futebol feminino 2023, a iniciar às 9 horas portuguesas, em Auckland, na Nova Zelândia.

Sobretudo para a seleção nossa vizinha de península, orgulhosa estreante nesta fase, tal como a Austrália — anfitriã, única finalista não europeia, adversária de Inglaterra na meia de quarta-feira em Sydney, às 11 horas —, apesar do senão de jamais ter ganho as escandinavas, já finalistas em 2003.

Dados da federação sueca de futebol dão conta de quatro empates e sete derrotas nos 11 duelos disputados entre outubro de 1991 e julho de 2022, duas delas com pesados 0-8 e 0-7 'encaixados' pelas espanholas.

«Não conhecia tais números», admitiram as internacionais suecas Johanna Kaneryd e Filippa Angeldhal . «Mas é bom saber», acrescentou a última. «Transmite confiança e uma imagem do que se pode esperar. Conheço as sensações destes jogos e tudo isso ajuda», reforçou a defesa Nathalie Björn, aludindo à presença da Suécia nas meias-finais do Europeu 2022 (Inglaterra), Jogos Olímpicos 2020 (Tóquio, realizados em 2021) e Mundial 2019 (França).

Friezas estatísticas à parte, concreto é que, no Eden Park, a Espanha enfrenta a seleção que se sagrou vencedora, respetivamente, do Grupo G, dos Estados Unidos, seleção detentora de quatro títulos, e ainda do Japão, também campeão, em 2011.

Precisando, por isso, de toda a juventude e velocidade de jogadoras como Salma Paralluelo, 19 anos, a autora do golo que deu a qualificação histórica à sua seleção com um dos cinco remates mais velozes do torneio - 98,41 km/hora.

E também de toda a pontaria do trio Aitana Bonmatí, Alba Redondo e Jennifer Hermoso, todas com 3 golos marcados, para derreter a glaciar vantagem sueca e manter aceso o sonho de 'Las Soñadoras' de primeiro título no futebol feminino.

Ou último, no caso de Hermoso, avançada de 33 anos já com uma Liga dos Campeões, quatro campeonatos de Espanha e outras tantas Taças da Rainha no palmarés: «Se vencer o Mundial, poderei retirar-me feliz, porque já não terei mais sonhos de criança para realizar! E como seria bom, ao andar na rua, ouvir 'És campeã do Mundo!...'»