Guarda-redes do Sporting têm o destino traçado

Adán para renovar, Israel para apostar e Callai (talvez) para emprestar

O plano para a baliza está bem delineado em Alvalade. Contempla o presente mas também o futuro, próximo e a médio/longo prazo. O presente passa por Adán, que vai renovar contrato; o futuro próximo passa por Franco Israel, que já esta temporada prepara-se para ter mais minutos de jogo; o futuro a médio/longo prazo pertence a Diego Callai, para muitos o dono natural das redes leoninas e para muitos anos.

Ponto um: Adán é o titular desde que chegou livre a Alvalade, no verão de 2020, terminado o contrato com o Atlético Madrid. Adán, 36 anos, vai continuar a ser titular esta temporada e o mais certo será continuar a sê-lo também em 2024/2025, porque a renovação por um ano vai ser uma realidade incontornável: o guarda-redes espanhol termina contrato com os leões em junho de 2024 mas há cláusula para renovação automática mediante um número de jogos que é facilmente alcançável apenas com os jogos do campeonato.

Significa isto que Rúben Amorim vê no espanhol o natural dono da baliza, mas não impede que os planos do treinador passem por abrir as redes a novas abordagens. Sobretudo nas Taças.

Uruguaio para as taças

É então que surge Franco Israel, uruguaio de 23 anos que os verdes e brancos contrataram à Juventus no início da temporada 2022/2023, por menos de 1 milhão de euros, para ser o suplente de Adán. Apesar do estatuto de número dois, o uruguaio passou este ano a ser opção regular de Marcelo Bielsa para a seleção principal do seu país e já somou uma internacionalização A – num particular com Nicarágua, vitória por 4-1 no passado dia 15 de junho.

Na época passada, Israel participou em oito jogos do Sporting. Estreou-se na Liga dos Campeões com o Marselha (1-4), na 3.ª jornada, jogo em que entrou aos 26’ para render Adán, que foi expulso. Nos outros sete encontros foi primeira escolha de Rúben Amorim, na Champions para render o espanhol castigado; duas vezes na Taça da Liga; uma na Taça de Portugal e três no campeonato – num desses jogos por lesão do espanhol, noutro por castigo e noutro por opção.

Esta temporada a aposta de Amorim em Israel deve ser mais consistente. Sobretudo nas taças, em que já foi lançado na temporada passada mas em que não beneficiou da precoce eliminação da Taça de Portugal, aos pés do Varzim, da Liga 3. O uruguaio vai lutar pelo seu espaço, quer ser o futuro próximo da baliza de Alvalade.

Diamante de 19 anos

Há no entanto um diamante em Alvalade. Um jovem de 19 anos, filho de guarda-redes – Diego, brasileiro que foi referência no V. Setúbal –, que chegou ao Sporting para os sub-12, em 2015/2016, esperando já por lhe ser atribuída a nacionalidade portuguesa. Diego Callai é o titulara da equipa B dos leões e o terceiro guarda-redes da equipa principal, com quem se treina em exclusivo.

Talento não lhe falta, por muitos é apontado como o futuro guarda-redes do Sporting e até capaz de chegar à seleção nacional – a naturalização está para breve. Mas tapado por Adán e com Israel à frente pode até ser emprestado em janeiro. É que a equipa B e a Liga 3 começam a ser demasiado curtos para Callai, que tem pretendentes em escalões mais cimeiros. Seria mais uma etapa na evolução do guarda-redes, importante para um crescimento sólido e a pensar no futuro das redes de Alvalade.