12 março 2025, 08:41
«Assim morreu Maradona»: procurador mostra foto inédita (vídeo)
Imagem do antigo futebolista muito inchado no leito de morte chocou presentes no tribunal, no arranque do julgamento
Julio César Coria apanhado em contradições nas suas declarações em tribunal
O julgamento da morte de Diego Maradona prosseguiu na terça-feira e uma testemunha acabou detida por prestar falsos testemunhos na audiência.
O elemento em causa é o guarda-costas Julio César Coria, encarregado da segurança no bairro de San Andrés, em Tigre, onde o antigo futebolista passou os seus últimos dias, e o responsável por fazer reanimação boca a boca no dia da morte, até à chegada das equipas de emergência.
A ordem de detenção partiu dos juízes Maximiliano Savarino, Verónica Di Tommaso e Julieta Makintach, depois de um pedido dos procuradores Patricio Ferrari e Cosme Iribarren e do advogado de defesa das filhas de Maradona, Fernando Burlando, que apontaram duas contradições fundamentais no depoimento.
Os juízes ordenaram que Julio César Coria saísse algemado e com escolta policial do tribunal de San Isidro. Em cima da mesa «contradições e omissões» na versão apresentada pelo segurança, que arrisca até dez anos de prisão, pelo crime de perjúrio.
12 março 2025, 08:41
Imagem do antigo futebolista muito inchado no leito de morte chocou presentes no tribunal, no arranque do julgamento
Entre os falsos testemunhos está o facto de ter negado qualquer ligação a Leopoldo Luque, neurocirurgião e médico pessoal de Maradona que está entre os sete arguidos. Esse depoimento caiu por terra quando foram apresentadas provas de que houve conversas escritas entre os dois em diferentes momentos, incluindo convites para churrascos.
«Sinceramente não me lembrava», foi a reação, ao ser confrontado com as diferenças para a primeira versão, após exposição das provas.
Outra das contradições esteve relacionada com o papel de outra arguida, Agustina Cosachov, psiquiatra de Maradona, no momento da reanimação — numa primeira versão não foi mencionada, depois sim: «Agora lembro-me que Cosachov lhe fez reanimação. Não me devo ter lembrado na altura. Lembro-me que fez, lembro-me que a enfermeira se revezou com Cosachov (...) não o disse da primeira vez porque não me devem ter perguntado ou eu não me lembrei na altura.»
Sublinhe-se que sete profissionais de saúde estão a ser julgados por alegada negligência na morte de Maradona, vítima de uma crise cardiorrespiratória, aos 60 anos, a 25 de novembro de 2020. Arriscam penas de prisão que podem ir de oito a 25 anos.