Gary Caldwell, treinador do Exeter City
Gary Caldwell, treinador do Exeter City
Foto: IMAGO

«Fui expulso pelo meu sotaque escocês, já a minha mulher se queixa...» 

INTERNACIONAL27.03.202514:16

Gary Caldwell, treinador do Exeter City, diz que «paixão» está a ser confundida com «ser agressivo» e lamenta ter de ser «mais inglês»

Gary Caldwell, treinador do Exeter City, acredita que o seu sotaque escocês é a razão pela qual foi expulso no jogo frente ao Lincoln City, da League 1 (correspondente à terceira divisão) na semana passada. 

O treinador foi expulso devido à sua reação que teve na direção do quarto árbitro depois de um golo que daria a vitória ter sido anulado por mão na bola – o jogo acabou empatado a zero. 

Caldwell, nascido em Stirling, na Escócia, garantiu não ter usado palavrões nem corrido na direção ao quarto árbitro. 

«Sim, fui ter com o quarto árbitro, que está a 20 metros de distância, porque é aí que fica o quarto árbitro naquele estádio», explicou o antigo capitão do Celtic à BBC. 

«Por isso, não há forma de comunicar com o quarto árbitro a não ser que se saia da área técnica. Eu não corri... ele disse que eu era agressivo, mas as pessoas que me conhecem sabem: eu tenho um sotaque escocês. 

 E explicou-se ainda mais: «A minha mulher, Jen, está sempre a queixar-se de que sou agressivo com ela, com os miúdos, com o cão, mas eu acho que é só o sotaque escocês.» 

«Parece muito agressivo, mas eu não praguejei, não corri, na minha opinião não fui agressivo. O meu sotaque e o meu carácter escocês são agressivos, mas sim, fui expulso por isso», justificou acerca da segunda expulsão da época. 

Caldwell considera que a sua paixão está a ser confundida com agressividade: «Acho que estamos a ficar com a reputação de sermos indisciplinados, quando penso apenas que somos apaixonados e queremos o melhor para o nosso clube. Estou a pagar o preço e, provavelmente, tenho de pensar em mudar, tentar mudar o meu sotaque e ser um pouco mais ‘inglês’. Não posso, obviamente, falar com o meu próprio sotaque... isto não pode continuar a acontecer. Neste caso teria bastado um amarelo...» 

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