Frederico Namora, o trabalhador-estudante de Vila do Conde
Desde cedo foi aconselhado a conciliar a paixão pelo futebol com os estudos. Atualmente, encontra-se a estudar o curso superior de Gestão.
À 13.ª jornada, Frederico Namora estreou-se na Liga ao entrar aos 89 minutos no encontro do Rio Ave em Arouca (2-2), do passado domingo. Aos 25 anos, o defesa português diz, no entanto, que «não existe hora certa».
«É difícil escolher a hora certa, mas sinto-me mais maduro do que nunca e quero dar sempre o máximo para ajudar a equipa. Senti aquele nervosinho antes de entrar, mas depois, em campo, desaparece».
Frederico Namora confessa que jogar na Liga é «um sonho de pequeno», porém, desde essa altura foi aconselhado a conciliar a paixão pelo futebol com os estudos. Atualmente, encontra-se a estudar o curso superior de Gestão na Universidade Portucalense, no Porto, depois de uma incursão (falhada) em Direito.
«Depois de concluir o 12.º ano fui para Direito, um pouco influenciado pelos meu pai que tem uma sociedade de advogados, mas rapidamente percebi que não era a minha vocação. Fiquei um ano sem estudar e, depois de refletir, escolhi para gestão».
O número 75 do Rio Ave acredita que a escolha pelos estudos não o atrasou no futebol, sendo inclusive uma tábua de salvação para quando o lado desportivo não corre tão bem.
«Quando não conseguia buscar a felicidade ao futebol, os estudos eram o meu escape para estar bem a nível mental».
No entanto, Frederico Namora não hesita quando é chamado a defender entre o Futebol e a Gestão: «Não há dúvida, é futebol à força toda».
Curiosamente, foi também em Arouca que o defesa se estreou pela equipa principal do Rio Ave, em 2021/22, em partida para a Taça da Liga.
Namora cumpriu boa parte da sua formação no emblema de Vila do Conde, evoluindo depois para os sub23 e equipa B, antes dos empréstimos à União de Leiria e Felgueiras, ambos na Liga 3.