Famalicão-Farense, 1-2 Famalicenses bloqueados na estreita malha algarvia (crónica)
Boa organização defensiva do Farense na base do primeiro triunfo em jogos fora. Fuga ao último lugar. Postes devolveram duas bolas do Famalicão
Saber defender é um grande passo para a conquista de pontos. E, foi essa organização defensiva que esteve na base do triunfo do Farense em Famalicão, o primeiro em jogos da Liga obtido fora de portas. Além dessa virtude, os algarvios somaram ainda uma eficácia terrível, marcando, praticamente, nas duas grandes oportunidades que tiveram. Os minhotos só reagiram depois das alterações efetuadas por Hugo Oliveira, principalmente com a entrada de Sorriso, mas não tiveram tempo para contrariar o marcador, conseguindo apenas atenuar os números.
O Farense apertou a malha e não deu espaços e não foi fácil ao Famalicão organizar-se ofensivamente. Gustavo Sá, o motor da equipa, praticamente não teve bola e disso ressentiu-se o ataque. Com Miguel Menino e Ângelo Neto a dominarem no miolo, os algarvios manietavam com transições pelos flancos, através de Elves Baldé e Marco Matias, mostrando armas para poder ferir o adversário.
No entanto, antes de consumarem essas intenções, o Famalicão viu o ferro do poste direito da baliza do Farense devolver um cabeceamento de Topic, no seguimento de bola parada. Um lance de perigo raro e único na primeira metade e que pode exemplificar as dificuldades dos famalicenses em penetrar com bola corrida na área da equipa algarvia, que aliou a eficácia defensiva à ofensiva e faturou na primeira abordagem perigosa à baliza defendida por Carevic, com Marco Matias a fugir a Gil Dias para desviar de cabeça um cruzamento de Elves Baldé.
Essa eficácia dos algarvios teve continuidade nos primeiros minutos da etapa complementar, quando Miguel Menino elevou para dois a vantagem da sua equipa, num remate em arco no interior da área, dando mais um golpe nas aspirações dos minhotos em reverterem o resultado.
Os algarvios tinham os três pontos à vista, e foi tempo de os defender com unhas e dentes. O Famalicão pressionou depois, Zaydou e Mario Gonzalez tiveram hipóteses de visar a baliza e Hugo Oliveira lançou Sorriso, que acrescentou velocidade. Óscar Aranda acertou nos ferros e na jogada imediata empatou na marcação de uma grande penalidade, após Neto derrubar Sorriso. Restavam 10 minutos e o Farense não vacilou e cedeu a lanterna vermelha ao Arouca.