Estoril: Quatro meses sem Finn
Finn Dicke, do Estoril (terceiro a contar da esquerda) celebra um golo com os seus companheiros em jogo pela Taça da Liga em futebol. Foto: Atlantico Press/Imago.
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Estoril: Quatro meses sem Finn

NACIONAL29.11.202316:48

Última aparição oficial do médio neerlandês data já de 29 de julho e não mais este foi utilizado ou sequer chamado a uma convocatória; saída em janeiro será o cenário mais provável

O plantel do Estoril segue a sua preparação para a deslocação ao reduto do Sporting de Braga, agendada para o próximo domingo, com o seu plantel francamente moralizado no seguimento dos três triunfos consecutivos – entre Liga e Taça de Portugal – mesmo que no seu grupo se encontrem elementos com menor utilização e ainda à espera de uma oportunidade de mostrar a sua utilidade para a equipa.

O caso mais notório será o de Finn Dicke, médio defensivo de 19 anos que cumpre, esta quarta-feira, precisamente quatro meses sem ser utilizado, contabilizando apenas duas participações…e registadas logo nos primeiros dois jogos oficiais da temporada. De resto, o neerlandês alinhou inclusivamente como titular nas receções a Paços de Ferreira e Belenenses, ambas pelas primeiras eliminatórias da Taça da Liga (1.ª e 2.ª) que os canarinhos ultrapassaram com sucesso, rumo à fase de grupos.

Finn realizou boas prestações e até suscitou elogios de Álvaro Pacheco, que na altura comandava o Estoril, mas desde então foi o principal prejudicado pelo facto de o emblema da Linha de Cascais ter, como prometido, avançado no mercado por várias contratações, com especial enfoque no meio-campo, ao qual chegaram Jordan Holsgrove, Mateus Fernandes, Koba Koindredi e Alex Soares. Assim, depressa o jovem jogador passou de titular para não convocado.

Num plantel em que, além das contratações mencionadas, ainda constam Ivan Pavlic e Mor Ndiaye, o jovem natural dos Países Baixos tornou-se a última escolha da hierarquia e essas dificuldades acentuaram-se ainda mais quando o Estoril deixou de apresentar um meio-campo a três para passar a jogar com apenas dois médios, pelo que o dia 29 de julho, altura em que o Estoril goleou o Belenenses (5-1), constituiu não apenas o último jogo disputado pelo atleta como inclusivamente a sua última presença nos convocados.

A redefinição do plantel para o sistema tático atualmente utilizado não trouxe grandes novidades a Finn Dicke que, sem qualquer espaço de manobra no meio-campo, passou a ser encarado como alternativa para o eixo defensivo mas, tal como na intermediária, surge como última oposição, atrás de Pedro Álvaro, Bernardo Vital e Volnei, que têm formado trio nos mais recentes encontros da Liga, Elaquim Mangala, recentemente regressado de lesão, e ainda Raúl Parra, que foi chamado a jogo – e como titular – no domingo passado, pela Taça.

A participação dos canarinhos na Taça de Portugal poderia deixar antever uma derradeira possibilidade para Finn Dicke, mas nem mesmo nessas partidas frente a Sintrense e Mafra o jogador conquistou pelo menos uma presença nos convocados, o que a juntar a uma aparente indisponibilidade para regressar à equipa sub-23, onde se notabilizou na época passada, cria uma situação indesejável para as duas partes cujo desejo mais provável deverá passar por uma transferência já em janeiro, a título temporário ou até definitivo.