Estoril: Quase três meses depois, Parra regressou ao onze
Raúl Parra constituiu a principal novidade no onze do Estoril na receção ao Mafra pela Taça de Portugal; não alinhava como titular desde a 4.ª jornada da Liga, ante o Boavista, em setembro
O Estoril deu seguimento à sua boa fase desportiva ao qualificar-se para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, derrotando o Mafra por 2-1, para também somar a terceira vitória consecutiva no acumulado de todas as competições. Ao mesmo tempo, Vasco Seabra poderá ter reabilitado um elemento que há muito estava afastado das opções para os canarinhos – Raúl Parra foi a grande surpresa do onze apresentado este domingo, e a sua integração foi avaliada como promissora.
Recorde-se que o espanhol, reforço dos canarinhos no início da presente temporada, vinha apresentando algumas dificuldades para competir, e não somava minutos há já mais de um mês, quando havia sido chamado no decorrer do confronto ante o Sintrense, igualmente pela Taça de Portugal. Na altura, o defensor atuou nos últimos 25 minutos e voltou a uma posição de espera, dado que não integrou nenhuma das partidas que se seguiram, pela Liga, até protagonizar esta novidade no alinhamento estorilista que derrotou o Mafra pela prova rainha.
O cenário de Parra tornava-se ainda mais desolador caso se tivesse em atenção a última ocasião em que havia sido escolhido para a titularidade no conjunto da Amoreira – tal sucedeu há quase três meses, numa altura em que…ainda Vasco Seabra não era sequer treinador do Estoril. Na última ocasião em que o espanhol havia atuado como titular, frente ao Boavista, ainda em setembro e pela 4.ª jornada do campeonato, Álvaro Pacheco ainda ocupava o comando técnico dos canarinhos e estes ainda jogavam num sistema diferente do atual.
Até essa última aparição como primeira escolha (até este domingo), Raúl Parra alinhava como lateral direito numa linha defensiva de quatro elementos, situação que mudou de figura poucas semanas depois, e que até o poderá ter beneficiado, pois enquanto Rodrigo Gomes e Wagner Pina se posicionam como opções para a ala direita, o camisola 2 do emblema da Linha de Cascais foi reaproveitado como defesa central pela direita, num sistema de três elementos no eixo defensivo.
Foi nessa função que o ex-Cádiz se estreou como titular às ordens de Vasco Seabra e frente ao Mafra mostrou-se confiante a subir pelo flanco e a colocar alguns cruzamentos a partir de movimentações pelo flanco direito que permitiram liberdade para elementos como, por exemplo, Rodrigo Gomes. Parra deixou, por isso, boa impressão na Taça e reforçou a sua imagem na disputa por um lugar perante os quatro centrais de origem existentes no plantel estorilista – Pedro Álvaro, Bernardo Vital, Eliaquim Mangala e Volnei Feltes.