Erros fatais

Sporting Erros fatais

NACIONAL18.04.202322:00

A frase pertence a Rúben Amorim e, infelizmente para os leões, já foi proferida várias vezes na presente temporada pelo treinador sportinguista. «Foi mais um golo oferecido a uma equipa que não cria oportunidades e nós oferecemos um golo. Resume-se assim o jogo», desabafou o técnico após o comprometedor empate caseiro frente ao Arouca que complicou, e de que maneira, a ambição do leão em chegar ao terceiro lugar e voltar a marcar presença na Liga dos Campeões na próxima temporada.


Com efeito, não foi a primeira vez que um erro individual se tornou fatal para o leão. Aliás, desde o início da temporada que os deslizes, sejam eles provocados pelo adversário ou apenas por falta de concentração, têm saído muito caros à equipa de Rúben Amorim, sendo que alguns deles são mesmos irrecuperáveis. Com o Arouca foi o jovem (19 anos) central a meter água; em Turim foi o veterano e experiente Adán. O erro, portanto, não escolhe idades e, aliás, tanto pode ser cometido por um guarda-redes ou defesa, como por um avançado. E a ineficácia leonina também tem custado alguns dissabores.


Numa época atípica do leão, em que a desejada e importante consistência defensiva contrasta em absoluto com as duas temporadas anteriores, o Sporting tem até ao momento 45 golos sofridos em todas as competições. E se tivermos em conta os erros fatais cometidos pelos jogadores facilmente se chega à conclusão que quase um terço dos golos sofridos têm origem em erros individuais. Cometidos desde o início da época até ao momento atual e que explicam e muito o porquê de vários objetivos falhados na presente temporada. Desde o facto dos leões nunca terem verdadeiramente entrado na discussão do título, como a não conquista da Taça da Liga ou  a não qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões.


Se no balneário leonino os sucessos e insucessos são repartidos por todos, a verdade é que o leão tem pago um preço muito elevados por estes deslizes individuais.
O jogo com o Arouca já pertence ao passado e pode apenas ser objeto de reflexão. Quinta-feira há duelo decisivo com a Juventus para a Liga Europa e ao leão pede-se tudo o que não teve em Turim: eficácia no ataque e nenhum erro individual.