Destaques e notas do Benfica: Di María, estrela que brilha em todas as (boas) ideias
Di Maria foi quem mais brilhou em Arouca (IMAGO/Avant Sports)

Destaques e notas do Benfica: Di María, estrela que brilha em todas as (boas) ideias

NACIONAL31.10.202323:19

Roger Schmidt mudou o sistema e com ele emergiu o suspeito de sempre. Nota para as boas entradas de Morato (a reclamar oportunidades...) e Arthur Cabral que parece ter descoberto os caminhos para o golo

(8) Di María - Melhor em campo

Brilhante. Para todas as boas ideias existem mentes assim. E a do argentino funciona quase sempre, pois é diferenciado. Faz parte da solução de todas as (boas) ideias. Dando um toque de classe e magia (mesmo num terreno impróprio…) que foi determinante para a vitória. Iniciou o jogo com um remate em arco (2’) que quase abriu o marcador e foi travado em falta num lance de génio que passou por três adversários. Não perdoou, depois, no livre que ditou o primeiro golo encarnado. Assistiu (que visão…) João Mário num lance que terminou na baliza de Thiago num lance invalidado por fora de jogo de Guedes.

(6) Trubin 

Eficiente. Jogo sem deslizes. Não teve muito trabalho, é certo, mas cumpriu sempre que foi chamado. Sobretudo entre os postes, com as ameaças de David Simão (31’), Mujica (45+2’) e Cristo (68’). A prova de fogo, novo remate de Mujica, aconteceu aos 90+2’, mas o ucraniano, com enorme frieza, agarrou a bola com segurança.  

(6) António Silva

Confiável. Consistência de sempre aos 20 anos. Mesmo com funções diferentes, a fechar o corredor direito, esteve em bom plano, revelando entendimento perfeito com Otamendi, revelando segurança nas saídas, eficaz nos duelos. Apenas um reparo, num corte imperfeito (18) que Trezza quase aproveita.    

(6) Otamendi 

Autoritário. Noite tranquila, a vigiar bem os passos de Mújica, excelente posicionamento, um voz de comando que foi fundamental num sistema defensivo com novas dinâmicas. 

(7) Morato 

Seguro. Apesar do pouco ritmo competitivo, numa época onde apenas somou apenas seis jogos, o brasileiro mostrou fulgor físico, imponente nas abordagens e no desarme sobre Trezza e Sylla que foram os adversários que mais caíram no seu raio de ação. Um regresso a reclamar mais oportunidades no onze.

(5) João Neves

Vítima. De um sistema novo que não beneficia aquelas que são algumas das suas maiores qualidades: posse, gestão e critério no passe. Encostado no flanco direito, procurou muito desequilibrar pelos espaços interiores, mas poucas vezes com sucesso. Eficaz na missão defensiva e no equilíbrio que deu no seu espaço de ação.

(5) Florentino 

Versátil. Tanto na missão defensiva, na qual se destacou na recuperação, no passe curto, rápido a pensar, num sistema onde se complementou bem com João Mário. Deu fôlego à equipa nos momentos de maior aperto, dada a sua importância na forma como geriu (e protegeu) a bola.  

(7) João Mário 

Solto. Com liberdade, diante de um adversário a conceder espaços, viu-se um João Mário renovado em relação ao passado recente. Eficaz a pautar o jogo, a proteger a bola, sempre a procurar a profundidade (meteu Gonçalo Guedes e Aursnes na cara de Thiago…) e com boa chegada à baliza. Ainda marcou (54’), em momento de bela execução técnica, mas lance acabaria invalidado por fora de jogo de Guedes no início da jogada.    

(6) Aursnes 

Dinâmico. Já se sabe que não sabe jogar mal. E para ele, capaz de jogar em todo o lado, nada é estranho. Os sinais são quase sempre positivos. Notabilizou-se pela naturalidade com que percorreu todo o corredor, com boas decisões e com olhos postos na baliza. Aos (17’), a passe de João Mário (excelente parceria..) quase marcou.  

(6) Gonçalo Guedes 

Nove. Aposta para referência ofensiva a provar que pode ser solução para a posição. Até porque parece ser quem mais se assemelha a… Gonçalo Ramos. Muito forte nas linhas de pressão, combativo, a procurar a bola, foi um dos mais irrequietos. Aos 7’ esteve perto de abrir o marcador entre muitas ameaças à baliza de Thiago.  

(5) Rafa 

Escondido. Pouco em jogo (na primeira parte quase não se deu por ele), demasiado preso ao corredor, sem profundidade para criar desequilíbrios. Sem explosão, pouca verticalidade, foi uma presa fácil para os arouquenses numa noite pouco inspirada.    

Suplentes

(6) Arthur Cabral 

Desenvolto. Parece ter descoberto o caminho para o golo, para já, nas… Taças. Depois de se estrear a marcar contra o Lusitânia (Taça de Portugal) voltou a estar em evidência, com um golo onde ficou marcada a sua potência física (partiu da linha de meio campo…), aguentando a pressão até bater Thiago. E aos (77’) o guardião brasileiro ainda evitou uma aparição mais brilhante do avançado encarnado…  

(5) Tengsted 

Frio. É daqueles que jogadores que não enchem o olho, verdade, até porque peca muito na decisão. Mas, por vezes, fruto da boa visão, consegue desbloquear com um ou dois passes, como ficou vincado no lance em que iniciou o golo de Arthur Cabral.

(6) Tiago Gouveia 

Audaz. É um jogador que tem ganho espaço nas ideias de Schmidt. Porque é irreverente (que túnel a David Simão na sua primeira intervenção…), no arrojo a ir para cima, a arriscar no drible e no remate (esteve perto de brilhar aos 81’). Está muito confiante. 

(4) Bernat

Hesitante. Uma estranha timidez e falta de confiança apesar das oportunidades. Lento, pouco assertivo, sentiu problemas com Milovanov nos poucos minutos em campo…

(-) Tomás Araújo 

Dedicado. Nos escassos minutos que esteve em campo numa altura em que o Benfica tinha a vitória segura.