Destaques do Sporting: Gyokeres minou o terreno que Debast fez explodir!
Debast (GRAFISLAB)

Sporting-Lille, 2-0 Destaques do Sporting: Gyokeres minou o terreno que Debast fez explodir!

NACIONAL17.09.202422:55

Leão entrou receoso, sem querer mostrar garras, mas o sueco (com a fórmula do costume...) voltou a dar a tranquilidade que a equipa precisava para se encontrar de si mesma. Sueco desbravou jogadores gauleses e o jovem belga, com golo de outro mundo, fechou as contas. Dois estreantes na prova, dois golos que fizeram sorrir o leão na entrada da Champions

Melhor em campo: Debast (8)

Explosivo. Rúben Amorim já disse que se tratava de um ‘craque’ e o jogo de ontem justifica tal expetativa em torno deste jovem belga, uma das estreias na prova. Tem a qualidade técnica (e de passe) de um médio de fino recorte, a inteligência em fechar espaços nas linhas como um lateral de topo e, por fim, capacidade para ser um dos indiscutíveis na direita do trio defensivo. Atento, veloz na antecipação (evitou muitos lances ameaçadores de Zhegrova e Saharoui), a variar jogo com lançamentos longos, eficaz nas dobras a Diomande na zona central, fechou com chave de ouro, uma bomba, de pé direito, candidato a golo desta renovada Liga dos Campeões. Neste espaço até poderia estar Gyokeres (como em tantas outras vezes) mas o belga ontem conseguiu ombrear com o sueco no protagonismo.

Franco Israel (7)
Decisivo. Para deixar o leão tranquilo nos últimos instantes, nomeadamente aos 88’, após uma defesa de… ‘Champions’ a remate de Cabella. Com a perna esquerda, num lance a frio (sem uma intervenção de registo até então), o uruguaio brilhou e, mais importante do que isso, transmitiu segurança. Kovacevic terá vida difícil quando regressar…

Diomande (6)
Imponente. Está cada vez mais ‘adulto’ na abordagens aos lances, aos duelos, sem a pressa de querer fazer tudo bem e… rápido. Conseguiu anular Jonathan David, sem marcação individual, mas com perspicácia nas movimentações do canadiano. Uma estreia na Champions (mais uma) deste ainda ‘miúdo’ de 20 anos que este ano caminha para uma estabilidade exibicional como patrão da defesa.   

Gonçalo Inácio (5)
Azarado. Primeiros minutos, primeiro duelo e uma… lesão que obrigou à saída prematura. Um choque com Benjamin André, logo aos 6’, esteve na origem da primeira mudança na equipa.  

Quenda (6)
17. A idade deste ala direito que se tornou no mais jovem de sempre do leão como titular na Liga dos Campeões. Começou, talvez por isso, de forma tímida, algo receoso em ir no 1x1, mas o intervalo fez-lhe bem. Quase marcou no recomeço (49’), de cabeça, ganhou confiança e foi em crescendo até final. Saiu aos 73’, mas três minutos antes, voltou a ameaçar a baliza de Chevalier, numa recarga a remate de Bragança.  

Morita (4)
Instável. Rosto principal da ansiedade na entrada do leão. Precipitado (um mau passe a oferecer a Sarahoui que quase deu golo a Zhegrova) foi um primeiro sinal da noite menos inspirada. Pouco ritmo, uma falta (muito) dura a Jonathan David, e uma saída ao intervalo. Sem surpresa.

Hjulmand (7)
Evolutivo. Tal como toda a equipa não entrou bem. Uma estranha falta de precisão e de dinâmica com Morita a motivar algumas perdas de bola que poderiam ter sido bem mais penalizadoras. Assim que surgiu o golo do leão, que abriu caminho para a vitória, toda a equipa se soltou (e mais ainda com a expulsão de Angel Gomes) dando o espaço que o médio dinamarquês precisava para liderar a equipa como habitualmente faz. Defensiva e ofensivamente.  

Geny Catamo (6)
Diferente. Na esquerda e na direita. Ontem voltou a ser testado nas duas posições, mas foi na segunda (após a saída de Quenda) que mais de destacou. Pela profundidade, mas também pela acutilância e arrojo ofensivo. Começou no flanco canhoto e aí cumpriu (sobretudo na missão defensiva) e num remate com muito perigo aos 57’.  

Trincão (6)
Natural. O futebol leonino ganha outra dimensão, mais bela e criativa, sempre que vemos este esquerdino a conduzir o jogo do leão. Ontem, até pela dimensão física do Lille, não teve a noite mais fácil (muito massacrado com faltas) mas saiu com nota positiva pela naturalidade e empenho (com e sem bola).

Gyokeres (8)
Rei. Mas ainda alguém duvidava? Que este furacão sueco também seria capaz de fazer a diferença na Liga dos Campeões. Para ele não existem palcos, provas ou adversários. Nunca baixa o ritmo, nunca abranda, quer sempre mais. Após uma entrada receosa, algo apática até, foi ele que deu o grito de revolta. E mudou tudo em poucos mais de dois minutos. Marcou o golo, esteve no lance que ditou a expulsão de Angel, fez toda a equipa acreditar. Esteve ainda perto de bisar (84’).

Pedro Gonçalves (7)
Produtivo. Muito ativo, irrequieto, a procurar os espaços (de ninguém…) para agarrar a bola e fazer a diferença. Foi responsável por quase todos os momentos de perigo do leão. Chevalier (28’) tirou-lhe o golo (que defesa!), fez o último passe para Gyokeres no golo, isolou o sueco aos 84’ e aos 68’ voltou a arriscar para defesa apertada do gaulês.

SUPLENTES

Matheus Reis (6)
Regular. Boa entrada, a frio, após a lesão de Inácio. Experiente, consistente a fechar o corredor, ainda atirou cruzamento perfeito para a cabeça de Quenda (49’).

Daniel Bragança (7)
Corajoso. Quem o viu e quem o vê agora… Aposta perfeita para a segunda parte para o apagado Morita. Mais descontraído, sagaz, forte nos duelos, voltou a ganhar pontos ao japonês. Esteve no desenho do segundo golo e dois remates com perigo (55’ e 70’).

Maxi Araújo (6)
Acanhado. Ainda não entrou na máquina oleada de Amorim mas a qualidade está lá. Muita entrega, boa visão de jogo, uma ou outra má decisão, mas algo a rever e, por certo, a crescer no futuro… imediato.

Harder (6)
Feliz. Esteve a centímetros de uma estreia de sonho, a marcar, num belo golpe de cabeça, aos 90+3’. Possante e ganhou dois duelos em poucos… segundos.