Diogo Costa (5) - A ideia de jogo de Martín Anselmi, novo técnico dos azuis e brancos, privilegia a saída a jogar a partir do guarda-redes e no final da tarde desta quinta-feira, no Dragão, voltou a constatar-se que o internacional português é especialista na matéria (apenas um passe curto mal medido, sem efeitos nefastos). De fora da área, Mouzakitis foi o único a testá-lo na primeira parte (42’), defesa vistosa a voar para a esquerda e a segurar a bola. Na segunda, intercetou cruzamento venenoso de Velde (65’) e no golo de El Kaabi não teve culpa. João Mário (4) - Inseguro a defender, inconsequente a atacar, mais um jogo para esquecer do lateral-direito. Uma jogada na metade inicial (16’) ilustra na perfeição o momento de forma de um jogador a quem nada resulta bem – saiu em contra-ataque com excelente finta que lhe deu vantagem e metros para correr sem oposição, mas, depois, entregou a bola a um adversário sem explicação. Nehuén Pérez (4) - Que passou pela cabeça do central na abordagem ao lance do golo? Zé Pedro estava a vigiar Mouzakitis, após ter recuperado a posição, quando o argentino tocou na bola sem conseguir ficar com ela ou afastá-la para longe. Agradeceu o jogador grego para assistir El Kaabi enquanto os dois portistas assistiam a tudo em momento verdadeiramente caricato. De resto, o ex-Udinese esteve perto de faturar, aos 41’, desvio de peito na pequena área salvo por Tzolakis. Ainda se destacou com dois grandes cortes (68’ e 71’), a travar El Kaabi. Tiago Djaló (4) - De novo aposta a titular, no lugar de Otávio, estatuto que lhe escapava desde 24 de outubro, num 2-0 ao Hoffenheim, no Dragão. De peito feito, galgou terreno em duas ocasiões, do eixo defensivo até quase à área do Olympiakos, iniciativas tão vistosas como estéreis. Francisco Moura (4) - Uma sombra do jogador que encantou assim que trocou o Famalicão pelo FC Porto, senhor de cinco assistências, a última a 10 de novembro, na Luz. Nota-se que perdeu confiança, hesita no cruzamento, às vezes com vista desafogada para a área. Alan Varela (5) - Em condições normais, o médio argentino teria de ser indiscutível no onze, algo que só numa ocasião aconteceu desde meados de dezembro. Ainda não apresentou a melhor versão, mas já deu um ar da sua graça em desarmes seguidos de passes com critério. Nico González (5) - Dele espera-se sempre um toque diferente, um rasgo de inspiração que contagie e ilumine a equipa. Não se escondeu do jogo, uma vantagem sobre alguns companheiros. Pepê (3) - Com alguma surpresa, após mensagem nas redes sociais que lhe valeu processo disciplinar, segundo revelou ontem André Villas-Boas após o desafio, garantiu a titularidade. Cedeu o lugar a Gonçalo Borges, aos 59’, sem nunca ter mostrado os argumentos que parece exibir online… Rodrigo Mora (5) - Um talento geracional – uma convicção pessoal que o tempo se encarregará ou não de confirmar – que será sempre solução e nunca um problema. Uma série de boas intenções que esbarraram no último passe, num remate forçado... Um passe a lançar Galeno (5’), que o brasileiro não deu sequência, foi um dos poucos oásis no deserto futebolístico apresentado pelos dragões. Galeno (4) - Mete o pé, vai à luta, começou a extremo, terminou a lateral. Nesta fase, porém, tudo muito, muito espremido… resulta em quase nada. No um para um foi sempre batido, a pior das críticas para alguém que joga encostado à linha. Samu (4) - Joga em sofrimento, não por questões físicas, apenas porque rema sem sucesso contra a maré. Contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que a bola lhe chega, uma limitação evidente do atual FC Porto, incapaz de criar perigo. Fábio Vieira (4) - Em campo a partir dos 72’, disse presente num desvio na pequena área que Tzolakis defendeu, na derradeira oportunidade dos portistas. Pouco para quem tanto prometia… Zé Pedro (4) - Lateral-direito improvisado, ficou na fotografia, desfocada, do golo do Olympiakos, culpa de Nehuén Pérez. Deniz Gul 4 - Assistiu, de cabeça, Fábio Vieira na chance mais evidente do FC Porto na segunda parte. O ponta de lança rentabiliza o pouco tempo de jogo de que dispõe. Namaso (–) - Sabe a pouco quando se elogia um avançado somente por se ter esforçado.