Diogo Costa (6) - Grande susto na primeira parte, aos 7’, quando Onyemaechi, isolado, acertou no poste, mas a jogada seria invalidado por fora de jogo. Após o intervalo, segurou disparo de Bozeník, à figura (53'), e ao longe exultou com a magia de Mora. Martim Fernandes (7) - Lateral-direito de eleição, diamante cada vez mais lapidado, mostrou vistas largas a deixar Samu em posição privilegiada para o 1-0, aos 31’, mestria que voltou a revelar para o mesmo destinatário (40’), aqui com o espanhol a errar o alvo. A fechar a primeira parte, testou a atenção de César com remate que o brasileiro salvou (44’), mano a mano que se repetiu logo a seguir com desfecho idêntico (45+1’). Nehuén Pérez (7) - Ainda não joga de olhos fechados com Otávio, mas a dupla está afinada. O posicionamento do argentino ganha com a velocidade do brasileiro sempre que toca o 112 na defensiva azul e branca. Noite coroada com a assistência para Samu selar o 4-0, a prova de que é forte nas duas áreas. Otávio (7) - Se não fosse futebolista, o atletismo, nas disciplinas de velocidade, poderia ser modalidade de eleição para o brasileiro que desceu ao fundo do poço e voltou a subir em grande estilo. Impressionante o sprint a recuperar para se posicionar e contribuir, a par de Mora, para anular contra-ataque (18’). Constantes aproximações à área, pela esquerda, valeram-lhe remate que César travou em sobressalto (50'). É ele e mais 10 — quem diria há umas semanas? Galeno (6) - Com novo visual, mostrou as qualidades e limitações do costume. Ganha com o terreno livre para galgar na atual missão de lateral-esquerdo, o problema é a definição perante autocarros estacionados lá atrás. Eustáquio (6) - Continua a justificar a titularidade — sim, todos sabemos que Alan Varela é o sacrificado... Garante estabilidade defensiva, GPS nas coordenadas ideais para estar no sítio certo e ocupar espaços que os companheiros deixam perigosamente livres. Nico González (8) - Noite em cheio do médio espanhol, manchada apenas por um cartão amarelo que o impede de defrontar o Nacional na Choupana. No primeiro golo dos dragões, exímio no passe, desmarcou Martim Fernandes para este assistir Samu (31’). De pontaria afinada, assinou o segundo, a responder de pé esquerdo, junto à pequena área, a cortesia de Rodrigo Mora, a quem devolveu a gentileza na génese do lance de génio do companheiro no 3-0. André Franco (6) - Na ausência de Fábio Vieira, avançou para o onze e cumpriu sobre a direita, embora sem brilhantismo. Com olho de lince, serviu Martim Fernandes (44') e isolou Samu (65'), antes de César voltar a ser desmancha-prazeres. Pepê (6) - Começou no lado esquerdo do ataque, terminou a lateral-direito. Dele espera-se mais e mais — e esse grau de exigência acaba por prejudicá-lo na avaliação. Na receção ao Boavista, a tomada de decisão foi o ponto menos forte. Samu (8) - Taremi? Evanilson? Alguém se lembra deles? O ponta de lança espanhol abriu e encerrou o marcador, um portento de força, técnica e capacidade finalizadora no espaço favorito dos matadores — a grande área. Com Rodrigo Mora nas costas, o céu é o limite. Iván Jaime (6) - Entrou com vontade, decidido a mostrar-se sem perder a noção do coletivo. Quase faturou (69'), talvez seja reforço tardio de janeiro. Alan Varela (6) - Cruzou com classe para Nehuén Pérez assistir Samu no fim de festa no Dragão. Suplente, OK, mas com a atitude de ontem o regresso ao onze é uma questão de tempo. Gonçalo Borges (-) - Vontade não lhe faltou... Vasco Sousa (-) - Batalhador, pode ser opção válida. Namaso (-) - Determinado, sem tempo. As notas dos jogadores do FC Porto: Diogo Costa (6); Martim Fernandes (7), Nehuén Pérez (7), Otávio (7) e Galeno (6); Eustáquio (6) e Nico González (8); André Franco (6), Rodrigo Mora (8) e Pepê (6); Samu (8); Iván Jaime (6), Alan Varela (6), Gonçalo Borges (-), Vasco Sousa (-) e Namaso (-).