Chaves-FC Porto, 0-3 Destaques do FC Porto: Francisco a dar corda para Pepê acelerar a fundo
Extremo abriu caminho da vitória num livre direto; saiu da imaginação do brasileiro a jogada do segundo golo e ainda arrancou uma grande penalidade; Evanilson letal e Taremi em muito bom plano
O melhor em campo: Pepê (7)
O acelerador do FC Porto. Toque sublime no segundo golo, a convocar o calcanhar de Taremi, e este, por sua vez, a assistir Evanilson. Podia e devia ter sido mais egoísta quando foi isolado por Taremi: em vez de tentar o 0-3 quis passar a bola a Evanilson e a situação de perigo perdeu-se. Ganhou o penálti que permitiu a Taremi voltar aos golos, num lance típico do brasileiro, que sempre que engata a quinta velocidade torna-se imparável – que o diga Dário Essugo, que mesmo tendo a finalidade de disputar a bola acabou por derrubar o portista. Parece ter acabado para Pepê os recuos estratégicos para a defesa, deixou de ter estatuto de pronto-socorro para ser, de vez, a referência criativa dos azuis e brancos.
DIOGO COSTA (5) -Não fosse um passe falhado aos três minutos, a ceder um canto escusado ao Chaves, mal se teria dado pela sua presença. Com a expulsão de Júnior Pius o adversário foi uma visita menos regular à sua área – Héctor Hernández foi exceção, aos 50’.
MARTIM FERNANDES (5) - Nova titularidade, num quadro de algum esforço. Teve pela frente um jogador irrequieto, João Correia, e se o flaviense acusou a inferioridade numérica da equipa, não deixou de conseguir um bom cruzamento para a cabeça de Héctor Hernández. Agressivo q.b., viu amarelo por pisão a Rúben Ribeiro que acelerou a sua saída. Conceição não quis arriscar.
ZÉ PEDRO (5) - Primeiros minutos com algum labor, fruto da capacidade que o Chaves teve de arrancar alguns cruzamentos para a área portista. Depois da expulsão de Pius, o jogo passou a ter praticamente um sentido, o da baliza de Moura.
OTÁVIO (5) - Ainda cai na tentação de complicar as saídas com bola, algo que se notou quando o Chaves se atrevia a subir o bloco e nalguns momentos soltos da 2.ª parte. Dois bons apontamentos defensivos enquanto ‘houve’ Chaves, fez depois a gestão normal do resto do jogo.
JOÃO MENDES (5) - A estreia a marcar… não valeu. Um grande golo anulado por causa de um primeiro posicionamento irregular do lateral. Traz sempre ao seu jogo apontamentos diferentes no que toca ao posicionamento na área adversária em lances de bola parada e facilidade com que remata é uma mais-valia.
ALAN VARELA (6) - O critério a sair com bola e a sintonia com Nico foram pontos fortes de uma noite sem casos críticos, na qual ficou patente a superioridade criada pelo meio-campo portista desde o início, e que se acentuou com o vermelho de Pius.
NICO GONZÁLEZ (6) - Forte nos duelos, muito certinho nos passes (o clássico com o Sporting foi uma grande lição), o espanhol impôs um andamento que os homens do Chaves tiveram dificuldade em acompanhar.
FRANCISCO CONCEIÇÃO (7) -Demorou a aquecer o motor. Fuga intrépida pela direita, a procurar servir Evanilson (17’) foi o primeiro sinal de inconformismo, que se traduziu, pouco depois, num livre muitíssimo bem convertido, a bater Moura e a chegar aos 11 golos pelo FC Porto, igualando registo do pai. Grande cruzamento para a cabeça de Pepê, que quase dava o 0-3.
TAREMI (7) - Um remate acrobático, após centro açucarado de Francisco, fez cristalizar Moura na baliza. Colado à esquerda, o iraniano procurou muito as zonas interiores e numa dessas aparições soltou o calcanhar para assistir Evanilson no 0-2, numa jogada muito rápida iniciada por Pepê. Frieza na conversão da grande penalidade. Bom jogo do iraniano.
EVANILSON (7) -Toque subtil numa fuga aos 40’, com Rodrigo Moura a fazer uma defesa brilhante que só o árbitro não viu – o canto devido não foi assinalado. Na segunda vez que apareceu na cara do guardião, não facilitou e fez o 0-2.
BARÓ (5) - Entrada personalizada em jogo, a pedir bola e a manter o meio-campo dinâmico.
EUSTÁQUIO (-) - Entrou duro sobre um adversário e viu amarelo. Mais alguns minutos para uma unidade que perdeu influência no FC Porto.
NAMASO (-) - Sem rasgos, desta vez.
GONÇALO BORGES (-) - Pouco tempo para fazer a diferença.
GONÇALO SOUSA (-) - Estreia pelo FC Porto aos 17 anos. Um pouco mais de sete minutos que ficarão gravados na memória de mais um grande talento da formação.